Google
e Samsung
estariam trabalhando para iniciar ainda em 2024 a implementação de uma nova tecnologia
de áudio espacial rival do Dolby Atmos em TVs e soundbars
, além do YouTube. Conhecida no momento como Immersive Audio Model and Formats (Formatos e Modelo de Áudio Imersivo, em tradução livre), ou pela sigla IAMF, a novidade se destaca por adotar código aberto, não exigindo pagamento de royalties por parte das fabricantes, aos moldes do que já vimos com o HDR10+
e AV1 para vídeos.
Segundo informações obtidas pelo canal InsightMediaTV1
, as duas gigantes discutiram a portas fechadas durante a CES 2024 planos de iniciar a implementação do IAMF neste ano. Revelada em novembro de 2023, a tecnologia promete concorrer com o popular Dolby Atmos não apenas ao apostar em código aberto, possibilitando que qualquer companhia utilize e colabore no aprimoramento da tecnologia sem precisar pagar uma licença, mas também ao trabalhar em três principais pilares.
O primeiro envolve a capacidade de processar áudio na vertical, algo inédito entre codecs de código aberto, que até então eram capazes de processar som apenas na horizontal. Isso significa que um helicóptero que esteja sendo visto de cima em um filme vai ser representado com fidelidade pelo IAMF, por exemplo.
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Já o segundo trabalha com um diferencial interessante: a otimização do som cena a cena usando Inteligência Artificial. A função poderia ainda adaptar a qualidade de acordo com o local em que a TV, soundbar ou outro sistema estiver instalado.
Por fim, dispositivos munidos da IAMF permitiriam personalizar o áudio. Na prática, seria possível aprimorar apenas os sons de um jogo de futebol, ou somente a narração, de acordo com as preferências do usuário.
Detalhes sobre quais aparelhos da Samsung apostariam no recurso não chegaram a ser divulgados, mas é provável que as novas TVs Neo QLED e OLED
estejam na lista, e especula-se que a companhia poderia até mesmo disponibilizar a solução via atualizações para modelos antigos.
Também não se sabe quando o YouTube
adotaria o IAMF, mas é interessante destacar que a plataforma de vídeos não é compatível com Dolby Vision, nem Dolby Atmos — a chegada do áudio espacial de código aberto poderia abrir novas possibilidades a criadores de conteúdo e usuários.
É difícil dizer se a novidade será adotada de forma ampla pelas fabricantes e empresas de mídia, considerando que o HDR10+, esforço de código aberto da Samsung para HDR, ainda tem certa dificuldade de competir com o Dolby Vision.
Dito isso, sua adoção como tecnologia padrão de áudio espacial pela Alliance for Open Media (AOM), grupo que traz grandes nomes como Apple, Microsoft, Netflix, Nvidia
e Microsoft, e que já foi responsável pelo elogiado codec de vídeo AV1, pode ser um sinal de um início positivo.
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