quarta-feira, 30 de abril de 2025

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TikTok lança gerador de músicas por IA com resultados terríveis

Felipe Demartini

TikTok lança gerador de músicas por IA com resultados terríveis

O TikTok
liberou no último final de semana uma ferramenta capaz de gerar músicas através de inteligência artificial
, mas os resultados não são dos melhores. Por meio do AI Song, como foi chamado o recurso, as pessoas podem criar letras a partir de prompts de texto
e sugestões automáticas, e o resultado é unido a uma trilha de áudio para entregar canções a serem usadas nas publicações.

Normalmente, porém, as criações têm resultados desafinados e cheios de erro de pronúncia, com palavras com sílabas inexistentes para rimar ou vocais com o volume desregulado. Isso acontece mesmo quando o usuário seleciona efeitos como o autotune entre as configurações de estilo, que também envolvem batidas de pop, hip-hop e EDM.


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O AI Song é um recurso ainda em fase de testes e, segundo o TikTok, está sendo liberado aos poucos para um pequeno grupo de pessoas. A rede indica ainda que o próprio nome da plataforma pode mudar, já que não considera exata a ideia de que as canções são geradas por meio de inteligência artificial.

Em comunicado enviado ao site The Verge, um porta-voz afirmou que as músicas são montadas a partir de um catálogo de vocais e batidas pré-gravadas “por integrantes da indústria [fonográfica]”. Estes materiais, então, são unidos de acordo com o prompt indicado pelos usuários a partir do modelo de linguagem
Bloom.

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É por conta disso que as indicações de temas e letras feitas pela rede social parecem gerar músicas melhores do que aquelas obtidas a partir de indicações diretas do usuário. Ainda assim, os resultados são perceptivelmente ruins, o que é bom, já que ajuda na identificação de que o conteúdo foi criado por IA.

Artistas criticam IA em músicas

Enquanto o AI Song surge como uma proposta ainda em seus primeiros estágios, não é a primeira vez que o debate sobre canções geradas por inteligência artificial surge na plataforma. Isso ganhou forma, principalmente, depois da publicação de Heart on my Sleeve, canção de um artista chamado Ghostwriter977 que simula uma parceria entre Drake e The Weeknd por meio de inteligência artificial.

A canção viralizou na plataforma, claro, e chegou a acumular centenas de milhares de reproduções em plataformas como Spotify
e YouTube
antes de ser retirada do ar pela gravadora UMG. Os artistas em si não se pronunciaram a respeito do caso em si, mas Drake já se posicionou contra IA no passado, assim como nomes como Bad Bunny, Selena Gomez e Ed Sheeran. O YouTube também tenta proteger os artistas
.

“Vou dividir 50% dos royalties de qualquer música gerara por IA bem-sucedida que use minha voz. O mesmo que faço com qualquer artista com quem colaboro. Sintam-se livres para usar minha voz sem penalizações. Não tenho gravadora nem imposições legais.”

Por outro lado, há quem apoie e até tente andar lado a lado com a tecnologia. O músico Liam Gallagher, do OASIS, afirmou na rede social X ter gostado de AISIS, versão da banda britânica via inteligência artificial. A cantora Grimes também fez uma proposta aos fãs, se propondo a dividir os lucros de canções geradas a partir de sua voz com o auxílio da IA.

Enquanto isso, no TikTok, já estão no ar sistemas que identificam automaticamente
conteúdos criados por meio desse tipo de tecnologia. A plataforma também pede, em seus termos de uso, que os usuários incluam marcações indicativas de IA em suas postagens, sob pena de receber penalizações na conta caso não façam isso.

Leia a matéria no Canaltech
.

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