domingo, 8 de junho de 2025

Rádio SOUCG

  • ThePlus Audio

Estratégia consegue reverter amnésia causada por lesão

Nathan Vieira

Estratégia consegue reverter amnésia causada por lesão

Na última terça-feira (16), cientistas de Georgetown (Guiana) conseguiram reverter a amnésia de roedores. O estudo, publicado no periódico The Journal of Neuroscience,
permitiu descobrir que a amnésia gerada após um traumatismo acontece por causa da reativação inadequada dos neurônios envolvidos na formação de memórias.

Segundo o artigo, essa perda de memória não é um evento patológico permanente causado por uma doença neurodegenerativa, e a ideia foi inclusive descobrir como reverter a amnésia para permitir que os ratos recuperassem a memória perdida, possibilitando que o comprometimento cognitivo causado pelo impacto na cabeça fosse clinicamente revertido.

Os cientistas defendem que o cérebro se adapta a repetidos impactos na cabeça, alterando o funcionamento das sinapses funcionam — o que pode causar problemas na formação de novas memórias e nas memórias já existentes.


Siga o Canaltech no Twitter
e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.

No estudo, os pesquisadores conseguiram fazer com que os ratos se lembrassem de memórias esquecidas
devido a impactos na cabeça. Para chegar a isso, os cientistas deram a dois grupos de roedores uma nova memória, treinando-os num teste que nunca tinham visto antes.

Um grupo foi exposto a uma alta frequência de impactos leves na cabeça durante uma semana e o outro grupo (controle) não recebeu os impactos. Os ratos impactados não conseguiram recuperar a nova memória uma semana depois.

Neurônios e amnésia

Os pesquisadores também analisaram os neurônios envolvidos na aprendizagem de novas memórias, e descobriram que estavam igualmente presentes tanto nos roedores do grupo controle como nos que sofreram os impactos na cabeça.

Os pesquisadores conseguiram reverter a amnésia para permitir que os ratos se lembrassem da memória perdida usando lasers para ativar as células específicas desses neurônios.

A equipe reconhece que por enquanto não é possível utilizar a técnica em humanos, mas que atualmente estuda uma série de técnicas não invasivas para tentar comunicar ao cérebro que ele não está mais em perigo e tentar redefinir o cérebro ao seu estado anterior. Recentemente, pesquisadores descobriram que as primeiras memórias de vida ainda ficam em algum lugar do cérebro
.

Leia a matéria no Canaltech
.

Trending no Canaltech:



Fonte

Enquete

O que falta para o centro de Campo Grande ter mais movimento?

Últimas