Nesta terça-feira (16), pesquisadores chineses publicaram um artigo na Nature Communications
revelando o primeiro macaco-rhesus clonado a sobreviver por dois anos. O macaco-rhesus (da espécie Macaca mulatta
) ganhou o nome de ReTro, em homenagem a uma das técnicas utilizadas em sua criação.
Os cientistas da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade da Academia Chinesa de Ciências conseguiram clonar com sucesso usando a transferência nuclear de células somáticas, a mesma técnica usada para clonar a famosa ovelha Dolly.
Envolve a inserção do núcleo de uma célula somática (qualquer célula que não seja um espermatozoide ou óvulo) em um óvulo que teve seus núcleos despojados. A célula reconstruída pode então ser estimulada para sofrer divisão celular e se desenvolver em um organismo completo que é geneticamente idêntico ao doador do núcleo da célula somática.
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A técnica de clonagem já foi tentada em macacos-rhesus antes – mas acabou falhando. Um estudo realizado em 2022 reivindicou o nascimento de um macaco-rhesus clonado com células somáticas e ele morreu menos de 12 horas após seu nascimento.
A ideia desse estudo recente é compreender melhor os mecanismos das técnicas de clonagem reprodutiva de primatas e refinar esses processos.
A criação do ReTro ajudou a perceber anormalidades na forma como a informação genética pode ser lida pelo embrião clonado em desenvolvimento e sua placenta.
Clonagem de primatas
Anteriormente, cientistas conseguiram clonar dois macacos
de outra espécie (cynomolgus), que foram chamados Zhong Zhong e Hua Hua.
Muito se questiona por que não existem clones humanos
, mas a verdade é que essa ainda é uma realidade muito longínqua, e que desperta questões éticas.
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