Passageiros do ônibus 5013 da empresa Eucatur enfrentaram uma verdadeira odisséia durante a viagem de Porto Velho (RO) até Cascavel (PR), que teve início em 21 de dezembro. O que deveria ser uma jornada tranquila transformou-se em uma série de desafios, incluindo avarias no veículo, falta de comunicação e desrespeito aos direitos do consumidor.
No dia 22 de dezembro, já em Cuiabá, MT, por volta das 09h50, o ônibus apresentou problemas, levando a uma espera de mais de 3 horas na rodoviária para manutenção e higienização. Os passageiros ficaram desamparados, sem informações claras e sem suporte da empresa.
Ao chegar a Coxim às 22h00, o pesadelo continuou. O ônibus enfrentou problemas no filtro de ar, essencial para o arranque, segundo o motorista. A promessa de envio de um ônibus ou mecânico de Campo Grande para socorro ficou no limbo das incertezas, sem comunicação oficial e clara por parte da empresa.
Os passageiros, após uma noite de espera no ponto de apoio em Coxim no dia 23, viram-se obrigados a buscar soluções por conta própria. Alguns foram em busca de mecânicos, outros dividiram um táxi para seguir viagem até Campo Grande, custeando as despesas do próprio bolso.
A situação tornou-se ainda mais tensa quando, após inúmeras tentativas de contato, a empresa Eucatur não forneceu qualquer resposta ou respaldo. A ausência de suporte da empresa durante o período de espera deixou os passageiros sem acesso a água, comida e banho, agravando a situação.
Somente às 10h da manhã do dia seguinte, após 12 horas de espera, a empresa enviou um ônibus fretado da AG Tur Turismo para que os passageiros pudessem seguir viagem. A noite em Dourados foi custeada pela empresa, que pagou pela janta dos passageiros.
A legislação vigente, como o Art. 14 da ANTT, assegura aos passageiros em caso de atraso superior a 1 hora, o direito de escolher entre o embarque em outra transportadora equivalente, a restituição imediata do valor do bilhete ou a continuidade da viagem. No entanto, tais direitos foram desrespeitados durante toda a jornada dos passageiros da Eucatur.
Este episódio destaca a importância da fiscalização rigorosa e do respeito aos direitos do consumidor no setor de transporte rodoviário. A empresa Eucatur terá que prestar esclarecimentos diante dos órgãos competentes, pois a experiência vivenciada pelos passageiros está em desacordo com as normas e padrões estabelecidos para garantir a segurança e a satisfação dos clientes.
Para uma das passageiras do ônibus, a freira Joiciele Cristina Botelhos da Silva, o que mais nos indignou, é que a empresa faltou completamente com o que determina a lei, não dando suporte algum aos passageiros, sendo que entre os passageiros havia crianças e idosos.
O Coxim Agora entrou em contato através do telefone disponível no site da empresa e também foi enviado um e-mail para saber a sua versão, no entanto, até o momento não conseguimos contato.
Fonte: Maikon Leal
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