A ascensão da infraestrutura virtual, que se tornou onipresente, tem aliviado o fardo do conhecimento profundo sobre as exigências da infraestrutura básica. Esse fenômeno transferiu o controle e o entendimento dos sistemas das mãos das organizações para terceirizadores de grande porte. Simultaneamente, as plataformas que simplificam a criação de componentes e aplicativos de tempo de execução principal possibilitam que desenvolvedores menos experientes construam soluções com uma compreensão superficial, e em alguns casos, nenhuma compreensão, dos sistemas subjacentes. Portanto, profissionais de tecnologia, que operam no cenário atual, têm menos probabilidade de estar familiarizados com os recursos necessários para a construção e manutenção de seus sistemas e infraestrutura. Essa lacuna de conhecimento agora repousa em fornecedores que traduzem unidades virtuais em infraestrutura física.

Para tornar isso mais acessível, podemos traçar um paralelo com uma analogia de uma linha de montagem de máquinas complexas. Os trabalhadores que lidam com componentes individuais podem compreender intimamente suas funções no processo de produção, embora poucos possuam uma visão completa de como o sistema como um todo se interconecta. É uma situação que reflete amplamente a realidade das organizações imersas na era da tecnologia.

Essas tendências tecnológicas também coincidem com a constante erosão das competências fundamentais necessárias para compreender a infraestrutura principal. A McKinsey estima que, até 2050, o conhecimento sobre o funcionamento dos sistemas principais estará altamente concentrado em um grupo seleto de desenvolvedores, enquanto a maior parte da indústria dependerá de serviços terceirizados para acesso a essa expertise crucial.

A erosão das competências e o êxodo de cérebros no campo da tecnologia representam uma transformação radical na forma como as organizações operam e como a tecnologia é assimilada. À medida que a infraestrutura e os sistemas principais se tornam cada vez mais complexos, a necessidade de especialistas que compreendam profundamente esses componentes se torna mais crucial do que nunca. Nesse contexto, é imperativo que as organizações adotem uma abordagem proativa para capacitar seus funcionários.

O processo de capacitação envolve a educação contínua, o desenvolvimento de habilidades e a valorização do conhecimento interno. As organizações devem investir em programas de treinamento e desenvolvimento que permitam aos funcionários adquirir uma compreensão mais profunda da infraestrutura e dos sistemas fundamentais. Além disso, incentivar a colaboração interna e a troca de conhecimento é essencial para fortalecer as competências internas.

A ampliação do conhecimento interno não apenas reduz a dependência de terceirizadores, mas também capacita as organizações a inovar e adaptar-se rapidamente às mudanças tecnológicas. Em um mundo em constante evolução, manter uma base sólida de competências internas é uma estratégia essencial para o sucesso a longo prazo.

Em resumo, à medida que a tecnologia continua a redefinir as operações das organizações, é vital que elas ampliem e aprimorem suas capacidades internas. O investimento na formação e no desenvolvimento de competências dos funcionários não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade estratégica. Somente através da capacitação interna as organizações podem manter o controle de sua infraestrutura tecnológica e garantir sua capacidade de adaptação em um ambiente em constante mudança.

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Muzy Jorge, MSc.

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