O governo federal anunciou nesta quinta-feira (21) que o Gasoduto Rota 3, que liga o Polo Pré-Sal da Bacia de Santos ao Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, entrará em operação no segundo semestre de 2024.
A previsão é que a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do gasoduto aumente em 14 milhões de metros cúbicos por dia a oferta de gás natural no Brasil.
Atualmente, o país consome cerca de 60 milhões de metros cúbicos por dia e produz em torno de 45 milhões de metros cúbicos por dia.
A medida é vista como importante para o desenvolvimento da indústria de fertilizantes no Brasil, que importa cerca de 90% dos insumos que utiliza.
O gás natural é um dos principais insumos para a produção de fertilizantes nitrogenados.
Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, diminuir essa dependência dos fertilizantes é fundamental.
“Já vimos que no momento de pandemia ou de guerra essa nossa dependência do mercado internacional nos deixa vulneráveis e que isso pode aumentar os custos de produção, aumentando preços dos alimentos e tirando competitividade. Então diminuir essa dependência é trazer estabilidade nos alimentos e segurança alimentar para o Brasil”, diz Fávaro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo federal tem buscado criar políticas para aumentar a oferta de gás natural no país.
“Nós temos procurado criar todas as políticas que impulsionem o planejamento. A produção de gás depende muito de nós aumentarmos a oferta e nós vamos conseguir isso a médio prazo”, afirma.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que o aumento da oferta de gás natural é importante para a segurança energética do país.