O mercado físico de boi gordo apresentou preços firmes, de estáveis a mais altos, ao longo da semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, não há sinalização de mudança deste cenário no curto prazo.
Basicamente, o principal ponto de suporte neste momento segue na oferta, restrita em muitos estados diante da condição ruim das pastagens.
“A oferta deve seguir limitada até meados do primeiro trimestre, o que sem dúvida é fator relevante para a formação dos preços”, pontua.
Preços internos
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 250, estável frente à semana anterior.
- Já em Dourados (MS), a arroba seguiu em R$ 230,00.
- Em Cuiabá (MT), a indicação a prazo foi de R$ 211, contra os R$ 210 da semana passada, alta de 0,48%.
- Já em Uberaba (MG), a indicação a prazo foi de R$ 240 por arroba, estável frente à semana passada.
- Em Goiânia (GO), a indicação a prazo foi de R$ 240, estável frente à semana passada.
Preços dos cortes do traseiro reagem no mercado atacadista
O mercado atacadista apresentou preços mais altos durante a semana para os cortes do traseiro, de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias. O viés segue de alta nas cotações, em linha com o período auge no consumo doméstico no ano. O quarto do traseiro subiu 1,27%, de R$ 19,70 para R$ 19,95. O quarto do dianteiro manteve-se em R$ 13,00.
O analista ressalta que o perfil da demanda aquecida deste momento tende a mudar completamente ao longo do primeiro trimestre. Com a descapitalização da população, o alvo prioritário serão as proteínas de menor valor agregado.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 297,814 milhões em dezembro (6 dias úteis), com média diária de US$ 49,635 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 64,877 mil toneladas, com média diária de 10,812 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.590,40.
Em relação a dezembro de 2022, houve alta de 44,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 55,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 7,3% no preço médio.