sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Atrizes celebram sucesso de casal lésbico em "Três Graças"

Alanis Guillen e Gabriela Medvedovsky participaram do “Encontro com Patrícia Poeta” nesta sexta-feira (19) e comentaram a repercussão do casal Lorena e Juquinha, da novela “Três Graças”. A dupla destacou o impacto inesperado da relação entre as personagens, que rapidamente conquistou o público e ultrapassou as fronteiras do Brasil, tornando-se assunto também em outros países. Nas redes sociais, o casal ganhou o apelido carinhoso de #Loquinha e se transformou em um dos fenômenos recentes da dramaturgia.

Durante a conversa, Gabriela contou que a formação do casal não era algo previsto desde o início do trabalho. Segundo a atriz, a descoberta veio aos poucos, conforme o roteiro avançava. “Não esperava. Quando a gente foi convidada, não sabia que formaríamos um casal. A gente descobriu quando começou a ler que ia se encontrar”, relembrou.

Alanis destacou que, embora toda produção espere uma boa recepção do público, a dimensão alcançada pela história surpreendeu até mesmo quem estava diretamente envolvido. Para ela, o sucesso vai além dos índices de audiência e se reflete nas conversas do dia a dia. “Fiquei muito surpreendida. A gente sempre espera uma aceitação do público, mas da maneira que foi, estou achando histórico, um fenômeno. Quando a narrativa se amplia nas redes, ela ganha potência e passa a existir na mesa de bar, nas famílias. É aí que a gente honra o nosso ofício e presta um serviço para a sociedade”, avaliou.

As atrizes também atribuíram a força do casal à forma cuidadosa como a história foi construída. Gabriela ressaltou que a leveza e a naturalidade foram determinantes para a identificação do público. “Existe uma sabedoria coletiva desde o texto. É um casal apresentado de forma simples, romântica, sem conflitos forçados. É raro ver um casal homoafetivo tratado com essa leveza, além do cuidado da equipe em contar essa história de maneira responsável”, afirmou.

Na mesma linha, Alanis reforçou que o envolvimento do público vem da sensação de reconhecimento. “É um trabalho muito bem amarrado, com um texto escrito com naturalidade, profundidade e desenvolvimento. O público se reconhece porque é uma história do cotidiano, real, que não foge das questões, mas as trata com honestidade. As pessoas estão se enxergando e, de certa forma, se libertando”, disse. Para a atriz, o alcance internacional também se explica pela universalidade do tema. “O amor é global. É um tema universal, por isso outros países estão vendo essa história sendo contada de forma bonita e verdadeira”, completou.

Fora da ficção, Alanis Guillen também vive um relacionamento homoafetivo. A atriz namora há cerca de três anos a produtora carioca Giovanna Reis. Já Gabriela Medvedovsky prefere manter a vida pessoal longe dos holofotes e não costuma fazer anúncios públicos sobre relacionamentos, optando pela discrição.

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