quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Campeã do fisiculturismo revela medo de doces após dieta rígida

A campeã mundial de fisiculturismo Graciella Carvalho enfrenta um desafio pessoal após anos dedicados às competições. Vencedora da categoria Diva Fitness 35+ da WBFF, a atleta passou sete anos sem consumir açúcar para manter o físico exigido nos palcos. A restrição absoluta trouxe uma consequência inesperada: um bloqueio intenso ao tentar reintroduzir doces na alimentação fora do período competitivo.

Segundo Graciella Carvalho, a dificuldade não está apenas no hábito alimentar, mas em uma reação física e emocional imediata. Ao se deparar com sobremesas ou alimentos açucarados, o corpo responde de forma automática, como se estivesse diante de algo proibido. O desconforto surge antes mesmo do contato com o alimento, impedindo qualquer tentativa de consumo.“Foram sete anos sem comer nada doce. Quando tentei dar o primeiro passo para voltar a experimentar, eu simplesmente não conseguia. Era como se meu corpo travasse, como se tivesse desaprendido a lidar com aquele sabor. Eu sentia medo, um medo real, que tomava conta antes mesmo de eu chegar perto da comida”, disse. 

Graciella Carvalho relata impacto nas festas

A situação se intensifica durante o Natal e as confraternizações de fim de ano. Mesas repletas de doces tradicionais, chocolates e sobremesas transformam momentos de celebração em episódios de tensão para a atleta. Enquanto a maioria associa a data ao prazer gastronômico, Graciella Carvalho relata um estado constante de alerta diante da presença do açúcar.

“Nessa época tudo envolve açúcar e isso mexe muito comigo. Eu olho para a mesa cheia e sinto uma barreira que não sei explicar. Às vezes basta o cheiro para meu corpo entrar em estado de defesa. É como se eu estivesse lutando contra algo maior do que a comida. Não é racional”, disse.O bloqueio interfere diretamente na vida social da fisiculturista, que evita ambientes onde o consumo de doces é predominante. Situações comuns do cotidiano ainda provocam incômodo e exigem adaptações constantes. Apesar disso, a atleta afirma que busca lidar com o problema de forma gradual, sem repetir a rigidez dos tempos de competição.“Eu ainda sinto esse bloqueio, mas quero aprender a lidar com ele sem culpa. Estou entendendo que posso reconstruir minha relação com a comida no meu ritmo e sem pressão. Esse processo precisa ser leve, e estou disposta a atravessá-lo com mais gentileza comigo mesma”, pontuou.

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