O implante contraceptivo subdérmico — conhecido como Implanon — já está disponível no Sistema Único de Saúde para mulheres de 18 a 49 anos em Campo Grande. O método, anunciado pelo Ministério da Saúde em julho, passa a integrar o conjunto de opções gratuitas de planejamento reprodutivo oferecidas nas unidades básicas da Capital.
O município recebeu três mil dispositivos e, desde então, observa alta procura. Para ampliar a oferta e descentralizar o atendimento, médicos e enfermeiros da rede participaram, nesta quinta-feira (11), de uma capacitação na USF Noroeste. A formação busca habilitar profissionais de todas as regiões para realizar o procedimento, garantindo que o método chegue a bairros que historicamente enfrentam mais dificuldade de acesso. Durante a atividade, 80 mulheres já receberam o implante.
A coordenação de Saúde da Mulher da Sesau afirma que as equipes passam por ajustes para que o serviço seja ofertado de forma contínua em toda a cidade. A orientação é que a indicação do Implanon seja sempre feita dentro da consulta, considerando avaliação clínica e elegibilidade de cada paciente. O dispositivo, inserido sob a pele do braço, oferece proteção contraceptiva por até três anos.
Na rede pública, o novo método tem sido visto como alternativa especialmente para mulheres que não podem arcar com o custo do implante no setor privado. Profissionais de unidades das periferias relatam expectativa alta por parte das usuárias, sobretudo adolescentes, pela praticidade do dispositivo, que dispensa lembretes diários ou aplicações mensais.
Para quem deseja utilizar o Implanon ou outros métodos contraceptivos, basta procurar a unidade de saúde de referência para agendar consulta de planejamento sexual e reprodutivo. Na avaliação dos profissionais, a ampliação da oferta reforça a autonomia das mulheres sobre seu próprio corpo — mas não substitui o uso de preservativos, indispensáveis para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.
Com a chegada do implante, Campo Grande passa a integrar a lista de municípios que ampliam o acesso a métodos de longa duração no SUS, medida defendida por especialistas como estratégia importante de saúde pública e redução de gestações não planejadas.












