A moagem acumulada de cana-de-açúcar na safra 2025/26 atingiu 576,253 milhões de toneladas no Centro-Sul até 16 de novembro, segundo novo relatório da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O volume representa queda de 1,26% em relação ao mesmo período da temporada anterior, quando haviam sido processadas 583,594 milhões de toneladas.
Açúcar cresce, mas produção de etanol recua
Mesmo com a redução na moagem, a produção de açúcar avançou 2,09%, totalizando 39,179 milhões de toneladas, acima dos 38,379 milhões registrados em 2024/25.
Já o etanol teve desempenho menor. A produção total caiu 5,60%, para 28,348 bilhões de litros. Por tipo, o etanol anidro recuou 1,59% (10,746 milhões de litros), enquanto o hidratado teve queda mais acentuada, de 7,89%, somando 17,602 bilhões de litros.
A mudança se explica pelo maior direcionamento da matéria-prima para o açúcar: 51,54% da cana colhida foi destinada ao adoçante nesta safra, ante 48,45% no ciclo anterior. Com isso, o mix do etanol caiu de 51,55% para 48,46%.
Indicadores industriais mostram menor rendimento da cana
O teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) acumulado foi de 79,787 kg por tonelada, queda de 4,03% em relação ao ciclo anterior. O ATR por tonelada de cana também recuou 2,80%, passando de 142,45 para 138,46 kg.
O rendimento industrial seguiu a mesma tendência:
- Açúcar por tonelada de cana: 67,99 kg (+3,39%)
- Etanol por tonelada de cana: 39,38 litros (–8,68%)
A Unica ressalta que o cálculo do ATR considera apenas o etanol produzido a partir de cana e exclui a produção de etanol de milho.








