sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Vereadora Luiza cobra esclarecimentos sobre inconsistências de R$ 2,3 milhões e R$ 156 milhões na Saúde

19.11.2025 · 12:05 · Vereadora Luiza Ribeiro

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) voltou a cobrar, de forma firme, transparência e esclarecimentos sobre duas situações consideradas “gravíssimas” na execução orçamentária da Saúde municipal. As indagações foram feitas nesta terça-feira (18), durante reunião com o Comitê Gestor de Saúde, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande.

Durante a reunião, Luiza retomou uma informação divulgada pela própria gestão municipal em 2024. A secretária de Fazenda, Márcia Hokama, declarou publicamente e a imprensa repercutiu amplamente que R$ 2,3 milhões seriam pagos ao Consórcio Guaicurus pelo Fundo Municipal de Saúde, referentes à gratuidade de ostomizados.

Segundo a vereadora, até hoje não há confirmação se esse pagamento foi realizado.

“Essa informação partiu da secretária de Fazenda. Foi anunciada, divulgada, noticiada. O que nós precisamos saber é: isso foi efetivado? Foi um equívoco da secretária? Ou esse pagamento realmente aconteceu? Nem nós, nem a imprensa temos essa resposta até agora.”

Ao ser questionado, o Comitê Gestor de Saúde não soube responder. Os representantes afirmaram apenas que podem encaminhar à Câmara documentos comprovando que não foram utilizados recursos do Fundo Municipal de Saúde para quitar dívidas com o Consórcio Guaicurus, mas não conseguiram esclarecer a origem da informação dada pela secretária.

Além disso, a vereadora também cobrou explicações sobre os R$ 156 milhões registrados em três decretos de suplementação orçamentária publicados em abril de 2024, destinados ao pagamento de “pessoal de exercícios anteriores”. Após investigação inicial, não foram identificadas categorias ou débitos que justificassem a existência dessas despesas.

“Desde maio de 2024 buscamos entender que despesas eram essas. Não encontramos nenhum vínculo, nenhum débito. Por isso passamos a tratar o caso como possível desvio, pois o valor não aparece com clareza e não há transparência.”

Ao serem questionados sobre o assunto, os representantes do Comitê afirmaram que não estavam na gestão à época e, por isso, não souberam explicar a origem, a execução e a legalidade desses R$ 156 milhões.

Luiza lembrou que o caso já foi levado ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público Estadual, e que diversos requerimentos foram apresentados por ela e outros vereadores. Ainda assim, a administração não esclareceu como despesas dessa magnitude foram liquidadas e pagas sem previsão orçamentária.

“O que entendemos até agora é que houve despesa, houve liquidação, houve pagamento, mas não havia orçamento. Isto é gravíssimo.”

Para a vereadora, a falta de respostas objetivas por parte do comitê agrava ainda mais a preocupação da Câmara e da sociedade.

“Vários técnicos reconhecem que a manobra ocorreu, mas ninguém apresenta os fatos exatos. É um cenário que segue nos perturbando, a nós e a população. Precisamos de clareza, responsabilidade e transparência.”

Luiza reafirmou que seguirá cobrando explicações formais e completas, reforçando o compromisso com o controle dos recursos públicos e com a integridade da execução orçamentária da Saúde.

Assessoria de Imprensa do Vereador

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