quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Idosa morre após ser esquecida por cruzeiro: veja qual foi o erro

Uma passageira australiana de 80 anos morreu depois de ser deixada sozinha em uma ilha remota durante uma viagem de cruzeiro de luxo pela Grande Barreira de Corais, na Austrália. Segundo as investigações, ela fazia parte de um grupo que havia desembarcado para uma caminhada em terra firme, mas acabou se separando e não retornou a tempo para o embarque. O navio partiu no horário programado, sem perceber a ausência. O corpo foi encontrado apenas no dia seguinte, e as autoridades locais ainda apuram as circunstâncias exatas do ocorrido.

Esse tipo de tragédia, embora pareça incomum, não é tão raro quanto se imagina. Todos os anos, passageiros perdem o embarque de volta por não respeitarem os horários ou se aventurarem sozinhos fora do roteiro oficial. E, no caso dos cruzeiros, o aviso é claro: o navio não espera.

Durante uma viagem marítima, há basicamente duas formas de explorar os destinos visitados. A primeira é participar das excursões organizadas pelo próprio cruzeiro, que contam com guias, seguro e monitoramento. A segunda é sair por conta própria, contratando passeios com agências locais ou simplesmente explorando a cidade sozinho.

É justamente nesse segundo caso que mora o perigo. O passageiro precisa ter absoluta noção de horário, de localização e de deslocamento. Trânsito, mau tempo, falta de internet ou até um simples erro de comunicação podem resultar em um grande problema.

E é importante destacar: o navio tem horário definido para zarpar e não pode atrasar a partida por conta de um único passageiro. Se você não chegou a tempo, o navio vai embora. E os custos de deslocamento para tentar alcançá-lo (muitas vezes em outro país) ficam por conta do viajante.

Minha recomendação é que pessoas idosas, ou que viajam sozinhas, ou que têm dificuldade de se localizar em lugares desconhecidos, nunca saiam do cruzeiro por conta própria. Pode parecer mais barato contratar o passeio fora da companhia (ou até mesmo não contratar), mas o barato pode sair caro, e, em casos extremos como esse, pode custar a vida! Faça sempre passeios com a própria cia marítima, pois além de oferecer suporte, o cruzeiro tem a obrigação de aguardar os grupos oficiais caso aconteça algum imprevisto. Já quando o passageiro sai por conta própria, essa responsabilidade desaparece.

Viajar de cruzeiro é uma experiência incrível, confortável e segura, desde que o passageiro tenha consciência dos limites e dos riscos. Planejamento e prudência nunca são demais. E quando o assunto é mar aberto, o tempo perdido pode não ter volta.

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