sexta-feira, 10 de outubro de 2025

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Santa Casa ameaça nova paralisação e tenta acordo com o poder público

A Santa Casa de Campo Grande vive novamente mais um momento delicado e alerta para o risco de paralisação no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) caso os médicos contratados sob o regime de Pessoa Jurídica (PJ) decidam suspender suas atividades.

De acordo com o hospital, a preocupação está no atraso no pagamento da folha, que soma cerca de R$ 8 milhões. Para tentar resolver a situação, a direção do hospital solicitou reunião emergencial com a Prefeitura e o Governo do Estado para discutir a renovação do convênio do SUS, que define os repasses para manutenção dos serviços. A prefeita em exercício, Camilla Nascimento já se reuniu com representantes da Santa Casa e se comprometeu a articular novo encontro com o Governo Estadual para discutir os contratos e valores.

A crise se agravou após o fim da vigência do convênio anterior, em agosto, sem a assinatura de um novo termo. O contrato foi prorrogado por 30 dias, mas os repasses continuam congelados desde 2023, mesmo com o aumento da inflação e dos custos operacionais.

Atualmente, o hospital recebe R$ 32,7 milhões mensais, valor considerado insuficiente para atender à demanda — a Santa Casa responde por mais de 55% dos atendimentos hospitalares da Capital. Em ação judicial, a instituição pede reajuste para R$ 45,9 milhões e recomposição retroativa referente aos dois anos sem atualização.

O processo, que tramita na Justiça Estadual, é analisado pelo juiz Cláudio Müller Pareja, que recentemente deu 30 dias para que o hospital, o Estado e o Município elaborem e assinem um novo contrato. O pedido para que o valor fosse reajustado imediatamente para R$ 45,9 milhões foi negado.

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