07.10.2025 · 3:38 · Vereador Landmark
O vereador Landmark Rios (PT) saiu em defesa dos servidores administrativos da Educação durante a sessão desta terça-feira (07), na Câmara Municipal de Campo Grande. O parlamentar manifestou apoio à categoria, que esteve na Casa em ato de protesto contra o projeto de lei encaminhado pela Prefeitura que altera a forma de pagamento do Pró-Funcionário, programa federal voltado à valorização dos trabalhadores administrativos da rede municipal de ensino.
Dezenas de servidores participaram da mobilização, representando um universo de milhares de trabalhadores concursados, entre merendeiras, inspetores, monitores, auxiliares de secretaria, serviços gerais e zeladores, que formam a base de funcionamento das escolas municipais.
O vereador destacou que o projeto, da forma como foi encaminhado, não garante ganho real aos servidores. “Esse projeto de reajuste não representa valorização. Ele propõe incorporar o Pró-Funcionário de 65% ao salário-base, que hoje é em torno de R$ 1 mil. Mas com essa incorporação, todo o valor passa a ser taxado, e o servidor não tem aumento efetivo. Não dá para aceitar um presente de grego desses”, afirmou Landmark.
Vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, o parlamentar defendeu que a Prefeitura encontre uma solução justa dentro do debate orçamentário em andamento. “Esses profissionais são essenciais para a educação pública. São as merendeiras, os inspetores, os monitores, as pessoas que fazem a escola acontecer. Nosso compromisso é defender um reajuste digno, dentro das possibilidades orçamentárias, mas que garanta um ganho real e respeito a quem ganha menos de um salário mínimo”, completou o vereador.
O representante dos servidores, Gustavo Alonso, explicou que o projeto gera prejuízo para a categoria e não cumpre o papel de valorização prometido. “A Prefeitura quer incorporar o Pró-Funcionário ao salário para poder taxar esse valor, mas isso não traz benefício nenhum. Hoje, o salário-base gira em torno de R$ 1 mil, e o bônus de 65% não é tributado. Se o projeto passar, tudo será taxado, e os servidores vão receber o mesmo valor, só que com descontos maiores. Isso não é aumento, é um decréscimo”, explicou Gustavo.
Segundo ele, a categoria reivindica que o salário-base seja reajustado até o valor do salário mínimo, e que os 65% do Pró-Funcionário sejam calculados a partir desse novo piso, o que garantiria, de fato, um ganho real. “Queremos valorização de verdade, não maquiagem. A luta é para que a Prefeitura reconheça o trabalho de quem mantém as escolas funcionando e que há anos não tem um reajuste digno”, reforçou.
Landmark encerrou destacando que seguirá acompanhando o tema e participará das audiências públicas sobre o orçamento municipal. “Estamos atentos e ao lado dos servidores. Essa Casa precisa garantir que o reajuste venha com justiça e não com perda salarial disfarçada de valorização”, concluiu.
Texto: Renan Nucci
Foto: Pedro Roque