A conquista do status de nação livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), consolidou a pecuária brasileira. Para manter essa posição, os protocolos de vigilância são cruciais, e o estado de Minas Gerais (MG) está na linha de frente desses esforços.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) organizou um extenso exercício simulado de atendimento a foco de febre aftosa na região de Montes Claros. O treinamento, o maior do tipo no Brasil e o primeiro realizado em MG, mobilizou cerca de 160 servidores do IMA e 250 profissionais de 21 estados brasileiros, além de representantes do Panamá.
Objetivo do treinamento
O objetivo é treinar na prática a resposta a um foco real, aplicando protocolos de biossegurança, fazendo desinfecção de veículos, controlando o trânsito animal e coletando amostras para diagnóstico.
Essas ações de prevenção são fundamentais para evitar a volta da doença, que, caso reapareça, resultaria em um desastre absoluto, com o imediato fechamento das exportações de carne.
A manutenção do status de área livre de aftosa sem vacinação é um desafio contínuo, mas que agrega um valor enorme ao produto nacional, abrindo acesso a mercados internacionais mais exigentes.
Em entrevista ao Giro do Boi, o coordenador regional do IMA, Guilherme Antunes, destacou que o governo de MG tem investido milhões na instituição para garantir a defesa sanitária do rebanho. Confira:
Inovações tecnológicas
Um dos avanços mais notáveis é o lançamento de um aplicativo exclusivo do IMA para atendimento de emergências sanitárias. Essa ferramenta, com versões mobile e web, permite que os médicos veterinários em campo façam todo o levantamento da doença, convoquem auxílio e registrem dados de forma rápida e eficiente.
Além do aplicativo, está sendo criado um sistema mais robusto, em parceria com a Universidade Federal de Lavras, para garantir a rastreabilidade da bovinocultura. O treinamento em MG reforça a necessidade de conscientização do produtor rural e da população, pois a notificação rápida de qualquer caso suspeito é vital para conter um foco de doença.
O investimento em educação sanitária e em tecnologia, como o novo aplicativo, visa informar a todos sobre os sinais clínicos das doenças e os canais de notificação. Manter o status sanitário não é apenas uma obrigação, mas uma estratégia econômica.
O reconhecimento de livre de aftosa sem vacinação pode aumentar as exportações em cerca de 30%, fortalecendo toda a cadeia do agronegócio, desde a fazenda até o consumidor final. O estado de MG, que já é um gigante na produção de leite e carne, demonstra com essas ações um compromisso com o futuro da pecuária brasileira.
Com informações de: girodoboi.canalrural.com.br.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.