quinta-feira, 2 de outubro de 2025

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Mortes por bebidas adulteradas com metanol levam MPMS a abrir investigação em Campo Grande

Após registros de mortes e internações graves por intoxicação com metanol em outros estados, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) decidiu agir. A 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande instaurou procedimento administrativo para apurar riscos ao consumidor e reforçar a fiscalização sobre a comercialização de bebidas adulteradas.

O alerta vem em meio a um cenário nacional de preocupação: pelo menos cinco pessoas morreram recentemente em São Paulo e Pernambuco, além de casos de cegueira irreversível associados ao consumo de produtos contaminados. O metanol é uma substância altamente tóxica e capaz de provocar efeitos fatais mesmo em pequenas doses.

Fiscalização ampliada

Para dar andamento à apuração, o MPMS encaminhou ofícios a diferentes órgãos, entre eles o Procon/MS, o Procon de Campo Grande, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Secretaria Municipal de Saúde, a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária e também entidades representativas como a Abrasel e a AMAS. O objetivo é reunir informações, compartilhar dados e articular uma atuação conjunta. O prazo para resposta é de dez dias.

A promotoria também prevê chamar representantes de associações do setor para discutir medidas preventivas. Até agora, não há um fornecedor específico identificado como responsável por possíveis irregularidades, o que reforça a necessidade de investigação técnica e integrada.

Riscos e cuidados

O MPMS alerta que a população deve redobrar a atenção antes de consumir bebidas alcoólicas. Entre os sinais de intoxicação após a ingestão estão dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e visão turva — que pode evoluir para cegueira.

Na hora da compra, os consumidores devem observar:

  • Lacre intacto e vedação adequada da garrafa;

  • Rótulo com informações claras sobre fabricante, endereço e registro;

  • Qualidade do material da embalagem e impressão correta da marca.

Produtos com rótulo rasurado, embalagem de baixa qualidade ou garrafas riscadas devem ser motivo de desconfiança. Caso haja suspeita, a recomendação é não consumir, guardar a embalagem e denunciar.

Onde denunciar

As denúncias podem ser feitas diretamente ao MPMS, pela ouvidoria (ouvidoria.mpms.mp.br ou telefone 127), ou na Promotoria de Justiça mais próxima.

O avanço da investigação pretende garantir a segurança dos consumidores e evitar que Mato Grosso do Sul registre casos semelhantes aos que já vitimaram famílias em outros estados.

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