quarta-feira, 1 de outubro de 2025

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Silent Hill f mergulha no horror psicológico com visual vibrante

Divulgação

Silent Hill f entrega terror psicológico em um pesadelo floral

O gênero do horror nos videogames sempre encontrou formas de se reinventar, alternando entre sustos diretos e tramas densas que exploram fragilidades humanas. Silent Hill f, novo título da Konami, segue essa linha ao apresentar uma história que combina medo, mistério e dilemas típicos da adolescência. O resultado é um jogo que honra o legado da franquia e, ao mesmo tempo, aposta em novos elementos para renovar a experiência.

Enredo sombrio com protagonista vulnerável

O jogador assume o controle de Hinako Shimizu, uma estudante japonesa que carrega conflitos pessoais marcados por brigas familiares e inseguranças. Em meio a essas tensões, uma espessa névoa repleta de flores vermelhas toma conta da pacata cidade de Ebusigaoka, dando início a uma jornada em que realidade e pesadelo se confundem.

Ao lado de personagens como Shu e Sakuko, Hinako precisa enfrentar não apenas monstros grotescos, mas também a própria fragilidade emocional. O contraste entre dramas adolescentes, como disputas escolares e a busca por identidade, e a atmosfera sufocante de Silent Hill confere peso narrativo único à obra.

Silent Hill f entrega terror psicológico em um pesadelo floral
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Silent Hill f entrega terror psicológico em um pesadelo floral

Gameplay entre combate tenso e quebra-cabeças

A jogabilidade mantém os pilares clássicos da franquia: exploração, puzzles e combate. Entretanto, Silent Hill f oferece configurações distintas de dificuldade, permitindo que cada jogador ajuste sua experiência entre batalhas desafiadoras e quebra-cabeças complexos.

Nos primeiros momentos, itens de cura e recursos parecem abundantes, mas essa falsa sensação de segurança desaparece rapidamente. Logo, cada objeto encontrado se torna essencial, forçando escolhas estratégicas: atacar, esquivar ou simplesmente fugir.

Além disso, o título introduz novos sistemas, como a barra de sanidade, que pode ser usada para ataques poderosos, mas aumenta a vulnerabilidade de Hinako. Amuletos chamados Omamoris também surgem como elementos de progressão, adquiridos ao oferecer recursos em santuários, reforçando a ideia de sobrevivência atrelada à fé.

Silent Hill f entrega terror psicológico em um pesadelo floral
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Silent Hill f entrega terror psicológico em um pesadelo floral

Entre Ebusigaoka e o Santuário Sombrio

A estrutura do jogo alterna entre o vilarejo japonês, que mistura cenários bucólicos com áreas corrompidas por névoa e flora carmesim, e o Dark Shrine, um espaço liminar onde Hinako enfrenta rituais guiados por uma figura misteriosa conhecida como Fox Mask.

Essa dualidade de mundos cria camadas narrativas e exige atenção aos detalhes: cartas, diários e anotações espalhados pelo cenário não apenas ampliam a história, como também oferecem dicas para superar os desafios lógicos.

Estética marcante e peso temático

Visualmente, Silent Hill f impressiona ao combinar tons vibrantes com ambientes decadentes. A direção de arte e a trilha sonora, assinada por Akira Yamaoka e Kensuke Inage, ampliam a sensação de desconforto, misturando elementos tradicionais japoneses a composições clássicas da série.

Porém, o jogo não se limita ao visual. A narrativa aborda temas pesados, como abuso, discriminação de gênero e autoagressão, explorando-os sob a ótica do horror psicológico. O impacto é direto: cada passo de Hinako transmite vulnerabilidade e incerteza, reforçando o clima de angústia.

Final múltiplo e rejogabilidade

Silent Hill f mergulha no horror psicológico com visual vibrante
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Silent Hill f mergulha no horror psicológico com visual vibrante

Com mais de um desfecho disponível, Silent Hill f estimula a exploração completa para que o jogador descubra todas as peças do enigma. A cada nova jogada, segredos adicionais emergem, incluindo variações de inimigos e missões inéditas. Esse fator amplia a longevidade e mantém viva a curiosidade de entender o que realmente aconteceu em Ebusigaoka.

Conclusão

Silent Hill f não é apenas mais um título de horror; ele representa um passo ousado da Konami para revitalizar a franquia. Embora apresente limitações técnicas em alguns momentos, sua estética envolvente, a densidade temática e o equilíbrio entre combate e puzzles garantem uma experiência marcante. Mais do que sustos, o jogo entrega uma reflexão sobre crescimento, dor e identidade, elementos que fazem do horror psicológico uma das linguagens mais poderosas dos videogames.

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