terça-feira, 30 de setembro de 2025

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Jean lamenta veto à criação do programa ‘Campo Grande para Todos’

30.09.2025 · 6:24 · Vereador Jean Ferreira

Projeto do petista em parceria com Marquinhos Trad (PDT) visava implementação de plano de mobilidade ativa

O vereador Jean Ferreira (PT) utilizou do plenário nesta quinta-feira (25) para criticar o veto integral aplicado pela prefeita Adriane Lopes (PP) ao Projeto de Lei 11.723/2025, que instituiria o programa “Campo Grande para Todos”. Jean é um dos autores do projeto, aprovado inicialmente pelos parlamentares, que visava criar um plano de mobilidade ativa e sustentável. O veto foi mantido pelos vereadores.

“É lamentável ver o veto da prefeita em relação a este programa”, afirmou Jean durante a sessão legislativa. O projeto, em coautoria com o vereador Marquinhos Trad (PDT), previa a expansão de ciclovias, ciclofaixas, calçadas acessíveis e travessias seguras, além de campanhas educativas para incentivar o uso de bicicletas e caminhadas no dia a dia.

A proposta também criava o Fundo de Mobilidade Ativa, financiado por recursos municipais, doações e multas ambientais, gerido pela Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) em parceria com a sociedade civil. 16 vereadores votaram para manter o veto da prefeita, enquanto cinco tentaram derrubar o veto e implementar o projeto.

O programa seria implementado com foco na inclusão social, na redução do tempo gasto em transportes desgastantes, na redução da poluição e na segurança do trânsito. “Nós queremos que Campo Grande seja referência de mobilidade. Nós temos um estado ao lado do Mato Grosso do Sul, o Paraná, com Curitiba, que é referência em planejamento urbano de ciclomobilidade, de construir uma cidade para as pessoas, não só para os carros, que é o que acontece hoje na nossa Campo Grande”, destacou o vereador.

Jean enfatizou que a iniciativa tinha como objetivo tornar o fluxo da cidade mais democrático e inclusivo. “E a gente construiu esse programa pensando em vários tipos de modalidades, de modais, para as pessoas poderem transitar e ter direito à cidade”, afirmou.

O vereador, que preside a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, destacou que o programa tinha o intuito de fortalecer a ciclomobilidade, mas com uma visão democratizada, que focaria no acesso aos bairros periféricos. “Principalmente a classe trabalhadora, que utiliza os diversos modais de transporte, como ônibus, transporte público, coletivo, bicicletas e até os que também transitam a pé e precisam dessa segurança viária”.

As políticas de mobilidade ativa estão entre as metas da Organização das Nações Unidas (ONU) para que as cidades se desenvolvam com o menor impacto possível das mudanças climáticas, integrando o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11. A orientação é “proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos”.

Para Jean, o revés representa um retrocesso e reflete uma política desconectada das demandas atuais. “Quanto mais as pessoas tiverem mobilidade, menos tempo no transporte, que é desgastante, que é calor, as pessoas têm mais tempo para a família, para que os trabalhadores possam descansar melhor, para que tenham trajetos mais tranquilos até seu trabalho. Enfim, para que a gente possa ter uma cidade do futuro e Campo Grande tem essa capacidade”.

Jean lamenta veto à criação do programa ‘Campo Grande para Todos’

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