A regularização fundiária se destaca como um pilar de sustentabilidade e lucratividade na pecuária moderna. Manter a matrícula atualizada e integrar documentos como o Incra, o Cadastro de Imóvel Rural (Cafir) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) oferece benefícios que vão além da segurança jurídica para o produtor.
Estar em conformidade com a legislação transforma passivos em ativos, permitindo acesso a crédito, visibilidade para a exploração de recursos e participação em projetos avançados, como o sequestro de carbono.
Em entrevista ao Giro do Boi, o gestor executivo de projetos no agronegócio, Reginaldo Rocha, afirmou que a propriedade regularizada se alinha melhor aos parâmetros de compliance exigidos pelo mercado nacional e internacional. Confira:
Benefícios da regularização fundiária
Essa conformidade documental é fundamental para que o produtor receba mais e melhores investimentos, aumente sua produtividade e, consequentemente, valorize sua propriedade. A falta de um único detalhe na documentação pode impedir a captação de recursos e o fechamento de contratos de fornecimento.
Muitos produtores ainda encaram a regularização fundiária como um custo elevado. Entretanto, o custo para regularizar uma propriedade é consideravelmente inferior ao impacto de uma penalidade governamental.
Uma propriedade com documentação atualizada garante a defensabilidade do produtor, permitindo que ele apresente uma defesa e reduza ou elimine multas aplicadas por órgãos fiscalizadores.
Acesso a novas fontes de receita
Além de proteger a propriedade contra multas e confisco — um risco que afeta fazendas em faixa de fronteira que não regularizarem até 2030 — a regularidade abre portas para novas fontes de receita.
Proprietários têm acesso facilitado a linhas de crédito bancário e a fundos de investimento internacionais que buscam propriedades acima de cinquenta hectares para projetos de compensação de crédito de carbono.
O crédito de carbono é um dos principais benefícios de uma propriedade regularizada. Fundos internacionais investem no plantio de árvores em áreas segregadas da pastagem, gerando receita adicional para o produtor por meio do sequestro de carbono. Esse plantio é georreferenciado, tornando-se um ativo produtivo com contratos que variam de vinte a quarenta anos, sem a necessidade de intermediários.
Mercados consumidores exigentes
A segurança jurídica também qualifica a propriedade para mercados consumidores mais exigentes, como os da Europa e dos Estados Unidos. Consumidores e importadores buscam garantias de origem, e uma propriedade certificada assegura o cumprimento de boas práticas de manejo e sustentabilidade. Isso amplia as possibilidades de captação de recursos e fortalece a cadeia produtiva, que deve atender a exigências internacionais na exportação de grãos e proteína.
Com informações de: girodoboi.canalrural.com.br.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.