sexta-feira, 5 de setembro de 2025

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Câmara adia votação da taxa para entrada em Campos do Jordão

A  Câmara Municipal de Campos do Jordão  (SP) decidiu adiar a votação da Taxa de Preservação Ambiental (TPAM), que estava prevista para o dia 8 de setembro. O presidente da Casa, Filipe Cintra (PSD), afirmou que a mudança ocorreu devido ao grande número de sugestões apresentadas pela população durante a consulta pública.

A informação foi dada em sessão transmitida pelo canal oficial do Legislativo. Segundo Cintra, a proposta retorna às comissões e poderá receber novas emendas antes de ser votada no dia 22 de setembro.

Tramitará nas comissões com prazo de até cinco dias, então, em respeito à população e para dar ampla publicidade às possíveis novas emendas, acho mais prudente adiar para o dia 22 de setembro ”, disse.

Mais de 100 pessoas participaram do debate, entre moradores, turistas e representantes de associações comerciais, guias de turismo e do Convention & Visitors Bureau . A consulta também recebeu sugestões pelas redes sociais do Legislativo. O Governo Municipal apoiou o adiamento, destacando a importância de analisar cada proposta.

A secretária de Meio Ambiente, Denise Maria Mota Góes, explicou que várias ideias apresentadas podem ser incorporadas.

Foram muitas propostas interessantes, inclusive da Associação dos Guias, então tudo isso precisa ser compilado e levado para a votação ”, afirmou. Representantes das secretarias de Finanças e Justiça também participaram da discussão.

A cobrança da TPAM será aplicada diariamente sobre veículos com placas de fora da cidade que ingressarem em Campos do Jordão. O valor será calculado em Unidade Fiscal Jordanense (UFJ), fixada em R$ 6,67.

  • Motocicletas pagarão 1 UFJ (R$ 6,67)
  • Automóveis 2 (R$ 13,34);
  • Caminhonetes 3 (R$ 20,01);
  • Vans 11 (R$ 73,37);
  • Micro-ônibus 18 (R$ 120,06);
  • Ônibus 37 (R$ 246,79);
  • Caminhões pagarão a partir de 6 UFJs (R$ 40,02), com acréscimo por eixo.

Estão isentos veículos de Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Piranguçu, Brasópolis e Wenceslau Brás. Pindamonhangaba pleiteou a inclusão na lista por ser cidade limítrofe. Pessoas com deficiência, autistas, turistas com casas de veraneio e veículos de passagem também não pagarão a taxa.

A aplicação do recurso arrecadado foi uma das principais dúvidas do público. A lei prevê nove áreas de destinação, incluindo manutenção de áreas turísticas, educação ambiental, saneamento e preservação de ecossistemas. Entre os projetos citados estão recuperação do Pico do Imbiri, proteção de mananciais, desassoreamento de rios e implantação de trilhas educativas.

O secretário de Finanças, Bruno dos Santos, explicou que a TPAM não substituirá a taxa de lixo. Ele disse que a arrecadação prevista é de R$ 30 milhões por ano, o que permitirá equilibrar despesas e liberar recursos para saúde, educação e turismo.

Hoje pagamos cerca de R$ 15 milhões de uma despesa que poderíamos suprir com a TPAM, e esse dinheiro ficaria disponível para aplicar no turismo, em novos atrativos e em benefícios para o jordanense ”, afirmou.

Foram apresentadas mais de 50 propostas durante a consulta. Entre elas estão a inclusão de helicópteros na cobrança, desconto progressivo para turistas que permanecerem mais dias e isenção para veículos antigos com placas pretas em eventos na cidade.

Votação em agosto aprovou projeto em primeira discussão

O projeto da TPAM já havia sido aprovado em primeira votação no dia 25 de agosto. Na ocasião, os vereadores incluíram novas isenções, ampliando a lista de cidades vizinhas beneficiadas e ajustando a nomenclatura para transporte coletivo regular. A medida foi aprovada por 12 parlamentares e aguarda o segundo turno antes de ser sancionada pelo prefeito Carlos Eduardo Pereira da Silva.

turismo.ig.com.br

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