domingo, 24 de agosto de 2025

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Stephano Strand celebra 1º trabalho no cinema: “Sensação linda”

Era uma segunda-feira fria e ensolarada quando Stephano Strand, de 19 anos, abriu as portas de sua casa, na zona sul de São Paulo, para receber o iG Gente e falar sobre o maior desafio de sua carreira até agora: atuar em uma produção brasileira.

Há um ano vivendo em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde estuda Jornalismo e Artes Cênicas na Loyola Marymount University, Stephano destaca que seu talento foi fundamental para conquistar um papel no filme Deixe-me Viver, que estreia no próximo ano.

Emoção, espiritualidade e reflexões

O longa tem roteiro de Mônica Carvalho. Para Stephano, foi “estar no lugar certo, na hora certa”.

“Há uns quatro meses, a minha mãe estava na igreja e ela reconheceu a Mônica [Carvalho], e elas começaram a conversar. Ela começou a falar sobre o filme, e que estava procurando uma pessoa com o meu perfil” , recorda.

O drama une emoção, espiritualidade e reflexões sobre temas universais, como amor, laços familiares e coragem diante de escolhas difíceis.

Albert, interpretado por Humberto Martins, é ex-marido de Andrea (papel de Mônica Carvalho) e pai de Júlia (encenado por Cat Dantas), uma jovem diagnosticada com câncer terminal que decide viver intensamente seus últimos dias.

Determinada a realizar a despedida da filha, Andrea enfrenta barreiras legais e emocionais, desafiando a justiça, a opinião pública e o próprio ex marido.

Treinando o idioma 

Stephano interpreta Miguel, um jovem que sonha com o amor, mas carrega bloqueios emocionais e medos profundos que o impedem de se entregar por inteiro. Para construir o personagem, o ator passou por uma preparação intensa – afinal, este é o seu primeiro trabalho em português.

“Estudei em uma escola britânica e agora moro em Los Angeles. Sempre falei inglês misturado com português, e por causa disso, o meu português às vezes sai “quebrado”. Estou fazendo aulas para tentar evitar isso e me sentir confortável, foi difícil” , assume.

Apesar dos desafios enfrentados nesse primeiro trabalho em português, ele acredita que a experiência será transformadora não apenas como ator, mas para o público.

A expectativa de Stephano é que, pela trajetória de Miguel, consiga emocionar os cinéfilos e despertar reflexões sobre o amor, vulnerabilidade e a importância de viver cada momento com intensidade.

“A forma que o filme aborda amor e espiritualidade juntos é muito importante. Essas duas coisas estão sempre juntas. O fato desse filme mostrar como é perder alguém que você ama é superimportante e isso é o que mais me toca.”

Leia a entrevista completa:

Quando e como começou a sua carreira e como recebeu o convite para atuar em “Deixe-me Viver”?

A vontade de ser ator nasceu por volta dos 12 anos, quando comecei a imitar vozes de personagens, como a do Mickey, em inglês e em português, a do Bob Esponja também. Sempre tive essa paixão. Também gosto muito de filmes principalmente os da Marvel, os de super-heróis… Adoro o Homem-Aranha, Superman… Sempre tive essa paixão, mas sou uma pessoa tímida, então isso ficou guardado em mim até eu fazer a minha primeira peça.

Há quatro anos atuei em “Meet Summer” na escola e eu adorei. A sensação da plateia me aplaudindo me ganhou. Na época assisti ao filme “Tick, tick…BOOM!”, com o Andrew Garfield e esse longa me acendeu um fogo. Foi quando fiz a minha segunda peça: Alice no País das Maravilhas. Me mudei para Los Angeles, onde estudo agora teatro e jornalismo. Lá fiz vários filmes independentes.

Queria que falasse sobre o seu personagem. Você passou por algum tipo de preparação?

Há uns quatro meses, a minha mãe estava no lugar certo, na hora certa. Ela estava na igreja que trabalho e ela reconheceu a Mônica [Carvalho] e elas começaram a conversar. Ela começou a falar sobre o filme e que estava procurando uma pessoa com o meu perfil. Um jovem com aparência mais nova e com pouca experiência com câmera. E eu estava lá. Eu era o que ela estava precisando. Trocamos algumas mensagens e começamos a conversar, fiz um vídeo para a audição e passei. Foi uma cena emocionante. Ela gostou e agora estou aqui.

Fale sobre o seu personagem

O Miguel tem várias camadas. Ele é um homem aberto e gosta de expor. Uma pessoa gente boa e espontânea, mas ele sempre mostra o lado que ele quer e não gosta de mostrar o lado emocional. O personagem tem um lado meio trágico com o pai dele e é bem triste. Isso fez com que ele ficasse sempre com um pé para trás. Ele não quer se mostrar vulnerável. Ele não é uma pessoa que gosta de se abrir, mas quando ele se mostra, ele é sincero e isso é o que eu gosto nele. Eu diria que ele é um cara que tenta colocar o passado para trás, mas isso ainda o assombra.

Divulgação

Stephano Strand

Você precisou fazer alguma preparação para viver o Miguel?

Muita. Essa é a primeira vez que estou atuando em português. Estudei em uma escola britânica e agora moro em Los Angeles. Sempre falei inglês misturado com português, e por causa disso, o meu português às vezes sai “quebrado”. Para tentar evitar isso e me sentir confortável com isso, foi difícil. Por indicação da Mônica, comecei a fazer aulas duas vezes por semana e aprendi a não só me expor na língua portuguesa, mas entender o subtexto das cenas. Como por exemplo, entender o que o Miguel está sentindo diante de alguma cena. Essas coisas e isso me ajudou a me preparar para o personagem.

Como você descreveria o romance vivido pelos seus personagens e o que mais te tocou nessa história?

Sobre o romance… A coisa mais linda é que é puro e inocente, uma das sensações mais lindas que um ser pode ter. Sabe quando segura a mãe de uma pessoa e seu coração começa a bater mais rápido? Ou começa a sorrir do nada? É lindo, inocente e carinho e é o que mais me toca nessa história. A tragédia desse romance também é linda. A morte é universal, mas lidar com essas coisas é difícil.

Quais foram os maiores desafios para interpretar um papel?

A história se passa na Bahia e o Miguel é filho de gringo, então ele não tem tanto sotaque, mas tem umas palavras e o jeito de falar, parece fácil, mas incorporar toda hora é complicado. Tenho que constantemente pensar que não sou eu falando é ele. Isso para mim é um desafio bem grande. Nunca fiz um filme em português e muito menos em português com sotaque baiano.

Como foi trabalhar ao lado de Cat Dantas e criar essa química tão sensível para o filme?

Ela é uma das pessoas mais gente boa que já trabalhei na minha vida. Ela é super gente boa. Nos conhecemos em um evento no Rio. Falei para a Mônica que iria para lá e que queria “conhecê-la. A gente se conheceu, fui para a casa dela e jogamos um jogo que se chama “It takes two” até às três da manhã. A gente tinha química, conversamos sobre a nossa vida, foi um momento sincero e, coincidentemente, tem muito a ver com o Miguel e a Julia. Não precisei fingir que era uma pessoa descolada. Ela é uma super atriz, muito boa!

O filme aborda temas como amor, espiritualidade e coragem. Qual desses aspectos mais mexeu com você durante as filmagens?

A forma que o filme aborda amor e espiritualidade juntos é muito importante. Essas duas coisas estão sempre juntas. O fato desse filme querer mostrar como é perder alguém que você ama é super importante e isso é o que mais me toca.

gente.ig.com.br

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