No primeiro semestre de 2025, o estado de São Paulo exportou 81 mil toneladas de lima ácida (popularmente conhecido como limão tahiti), com uma receita de US$ 72 milhões. A quantidade representa um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2024, foram colhidas mais de 1,1 milhão de toneladas de limão tahiti no estado, o maior produtor no Brasil, com 70% da fruta destinada à exportação. Os dados partem do Instituto de Economia Agrícola (IEA–Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA).
Principais destinos das exportações
O mercado europeu é o principal destino das exportações, com destaque para os Países Baixos (62,2 mil toneladas), que servem como porta de entrada através do Porto de Roterdã para distribuição aos demais países do bloco. O ranking de destinos inclui ainda:
- Reino Unido: 11,6 mil t
- Rússia: 1,3 mil t
- Canadá: 970 t
“O comércio entre os Países Baixos e o Brasil é um exemplo dinâmico de mercados agrícolas complementares, com o estado de São Paulo desempenhando um papel central como principal produtor e exportador, oferecendo oportunidades significativas para fortalecimento da cooperação bilateral em produção e logística sustentáveis”, destaca o assessor agrícola do Consulado Geral dos Países Baixos Alf de Wit.
“Investimos continuamente na certificação fitossanitária de origem, garantindo que os produtos paulistas cheguem ao mercado internacional com qualidade e segurança.” conta o chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV), Alexandre Paloschi.
Capital Nacional do Limão
Considerada a capital nacional do limão, o município de Itajobi, região de São José do Rio Preto, destaca-se na produção da variedade taiti. A empresa familiar Pimentel Itajobi, localizada na cidade, atua no ramo há 30 anos, atendendo, principalmente, o mercado internacional como Reino Unido e a União Europeia.
“Em 2024, exportamos mais de 4 mil toneladas de limão tahiti, e vimos um ano bastante próspero para o setor, mesmo enfrentando um período de seca bastante severo para a agricultura.”, ressaltou o analista de exportação da Pimentel Alison Dejavite.
*Sob supervisão de Victor Faverin