O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) anunciou nesta quarta-feira (20) novas regras para a concessão de vistos. A partir da atualização, atividades consideradas “ antiamericanas ” passarão a ser um critério negativo na análise. A medida integra o pacote de restrições do governo Donald Trump para o processo de imigração.
A informação foi confirmada em comunicado oficial do USCIS. O texto afirma que “ a atividade antiamericana será um fator extremamente negativo em qualquer análise discricionária ”. O órgão também incluiu na lista de critérios comportamentos ligados a terrorismo e antissemitismo.
Regras mais rígidas no processo de imigração
Matthew Tragesser, porta-voz do USCIS, declarou que vistos norte-americanos “ não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas ”. Ele explica que a imigração é tratada como privilégio. “ Os benefícios da imigração – incluindo viver e trabalhar nos Estados Unidos – continuam sendo um privilégio, não um direito ”, afirmou.
O comunicado não explicou quais tipos de ações serão classificados como “ antiamericanas ”. A ausência de definição oficial abre margem para interpretações sobre o alcance da regra.
As novas diretrizes se somam a outras medidas do governo Trump. Entre elas está a exigência de que solicitantes de visto estudantil mantenham perfis em redes sociais com acesso público. A justificativa é facilitar a fiscalização do comportamento online.
Outro ponto anunciado foi a obrigatoriedade de entrevistas presenciais para quase todos os pedidos de visto de não imigrante, incluindo renovações. A regra passa a valer a partir de 2 de setembro.
Em 14 de agosto, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou um vídeo alertando que mulheres grávidas estão proibidas de entrar no país se o objetivo for dar à luz para garantir cidadania norte-americana aos filhos.