Felca, de 27 anos, revelou alguns desdobramentos após a repercussão do vídeo em que mostrava a “adultização” no Brasil e expunha casos em que crianças e adolescentes eram explorados por adultos em plataformas de interação virtual, como TikTok e Instagram. Hytalo Santos, preso nesta sexta-feira (15), foi um dos citados na postagem.
Durante participação no “Pod Delas”, Felca pontuou que o material publicado por ele sobre o tema tem rendido “milhares de reais”. As quantias estão sendo doadas para instituições que auxiliam menores vítimas de abuso.
“Eu não sei o que vai dar nesse vídeo. Mas já rendemos milhares de reais para doações para instituições que cuidam de crianças vulneráveis. E tudo que a gente faz é pensando nisso: o que estamos fazendo aqui é uma gota no oceano, mas sem essa gota, o oceano seria menor, então vale a pena fazer”, diz.
Segundo ele, desde que veio a público expor o caso, ameaças começaram a ser feitas. Para manter a própria segurança, optou por usar um carro blindado, estratégia já utilizada por alguns famosos da classe artística, bem como políticos.
“Já recebi muitas [ameaças]. Comecei a andar com carro blindado e seguranças. Existe ameaças, ameaças de processos. Mas se ninguém fala, ninguém vai falar. E eu não aguento”, acrescentou ele na atração, exibida no YouTube.
Ao longo da participação no podcast, ele ainda detalhou o processo de elaboração do vídeo, que já dura há aproximadamente um ano. “Quando eu tive a ideia de fazer o vídeo, foi há mais de um ano”, lembra ele, que soma seis milhões de inscritos em seu canal.
“Eu realmente mergulhei no lamaçal. Foi muito aversivo fazer esse vídeo. É terrível a gente olhar essas cenas. Dá vontade de chorar, de vomitar, é terrível”, salienta Felca.
Entenda
No dia 6 deste mês, Felca publicou um vídeo de 50 minutos no YouTube. O criador de conteúdo virtual fazia denúncias contra a adultização e exploração de menores de idade. A situação ganhou repercussão nacional.
A discussão chegou até mesmo ao âmbito político: políticos de direita e de esquerda passaram a debater o tema. Inclusive, a Câmara dos Deputados passou a analisar projetos de lei que abordam a exploração de menores na internet.