quarta-feira, 13 de agosto de 2025

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Velson D’Souza revela bastidores, e novos rumos na carreira

Interpretar Tommy DeVito em Jersey Boys colocou  Velson D’Souza diante de um dos maiores desafios de sua carreira. “É o maior desafio da minha carreira até então. É um espetáculo com uma carga absurda de texto e de música. A parte da coreografia parece simples, mas exige muita atenção e intenção. Todos os movimentos são pensados, nada é avulso ou aleatório” , afirma ao iG Gente.

Com um histórico que inclui dar vida a Silvio Santos nos palcos, ele agora encara um papel que exige canto, dança e atuação em alto nível. Para chegar ao resultado, precisou correr atrás desde o início dos ensaios.

“O nosso diretor musical, Jorge de Godoy, enviou nossas linhas vocais antecipadamente para que a gente pudesse estudar antes de iniciar os ensaios. Os quatro protagonistas fizeram encontros musicais com o Jorge para começar a encontrar o nosso som e timbrar. Foi fundamental pra me dar mais confiança.”

No processo de construção de Tommy, o desafio foi evitar a caricatura. “ O Tommy é muito diferente de mim. Eu tento levar a vida com muita leveza, e ele é o oposto. Tudo é um problema pra ele, tudo é motivo de embate, e a forma como ele tenta resolver as situações é sempre no confronto. Meu maior medo era ficar um personagem mau humorado, de um tom só, então trouxe um pouco da leveza que eu normalmente tenho para equilibrar e justificar algumas atitudes dele.” A meta, diz, era criar “o típico vilão que a gente gosta” , embora não o considere exatamente um vilão.

Entre os palcos e a televisão, o ator também vive Tito na série Paulo, o Apóstolo , personagem que, segundo ele, foi “fundamental para minha reconexão com a espiritualidade” . A preparação envolveu mergulho profundo em pesquisa e contato com material “que carrega muito amor e bondade” . A experiência também consolidou laços.

“Tive a sorte de trabalhar com parceiros de cena maravilhosos. Um elenco que virou família e que vou levar pra vida.”

Acostumado a transitar entre universos tão distintos, ele vê em cada novo trabalho uma oportunidade de autodescoberta. “Mergulhar em diferentes universos e personagens me faz cada vez mais abrir os olhos para o mundo e enxergá-lo de forma diferente. Cada personagem novo me faz descobrir algo em mim mesmo.”

Essa inquietude artística já aponta para o futuro: em 2026, ele levará aos palcos Oleanna, peça que discute temas como assédio no ambiente de trabalho e relação de poder entre professor e alunos. “ São assuntos que levantam questões e iniciam um debate importante na sociedade. Isso me move a novos desafios.” , finaliza.

gente.ig.com.br

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