Tati Machado usou as redes sociais neste domingo (27) para agradecer o carinho que tem recebido nos últimos dias, após a perda de seu primeiro filho. A apresentadora estava grávida de Rael, fruto de seu casamento com o cineasta Bruno Monteiro.
“Talvez essa já seja a vigésima tentativa pra gravar esse vídeo aqui pra vocês. Mas senti no meu coração que queria falar, sabe?”, disse ela.
Tati contou que tem sentido falta da interação com o público, mas destacou que, acima de tudo, precisava agradecer.
“Estou morrendo de saudade, de estar aqui mais pertinho, de ter essa relação, de ver as mensagens de todo mundo, mas porque, principalmente, eu preciso agradecer todo mundo. De coração, acho que eu nunca vou conseguir colocar em palavras o agradecimento que eu tenho, por todo amor que todo mundo tem jogado pra cima da gente, muito mais do que qualquer mensagem de hater.”
“Eu estou sendo inundada de muito amor. Eu, o Bruno e minha família. Então agradeço muito vocês.”
Durante o relato, ela também refletiu sobre como muitas famílias vivem perdas gestacionais em silêncio, especialmente nas primeiras semanas da gestação.
“A gente muitas vezes é orientado a só dividir com as pessoas que a gente ama quando chega a 12 semanas pra ter uma segurança, pra já ter o primeiro morfológico feito. E você imagina para as pessoas que passam uma perda antes das 12 semanas, onde você só criou uma expectativa naquele momento e você tava doido pra compartilhar com quem você ama e muitas vezes nem consegue. É mais comum do que se pensa.”
“Falar, pra mim, tem sido uma forma de resistir, tem sido uma forma de me acolher e também acolher quem passou por isso, quem tá passando por isso, porque gente, eu já escrevi aqui pra vocês, é uma ferida acesa.”
“É um luto que perdura, não é algo que se cura. Entendo que sou outra pessoa, mesmo com todas as outras ‘Tatis’ que sempre existiram, com o meu jeitinho, mas assim, não tem como passar por isso ileso.”
Tati também reforçou que tornar a dor pública tem um propósito coletivo, e que muitas mulheres se reconhecem nesse processo.
“Quando a gente resolve se abrir não é só sobre nós. Não é uma coisa egocêntrica. É uma coisa sobre tantas pessoas que passam por isso, tantas pessoas que são arrebatadas por isso, por essa profunda tristeza, pelos medos, pelas perguntas, por você se sentir incapaz, por você se culpar tanto. Então, acho que é essa a mensagem, no final das contas.”
“Mas é isso, eu queria dizer que estou morrendo de saudade e, e só posso agradecer de coração mesmo tudo o que vocês têm feito, falado. Podem ter certeza que eu vejo, pelo menos a maioria. E agradecer.”