domingo, 27 de julho de 2025

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Escavações revelam cidade submersa e criam novo destino na Itália

A  ilha de Ísquia, na Itália, tem se destacado como um dos destinos turísticos mais intrigantes deste verão, graças ao fascinante legado submerso da antiga cidade de Aenaria. Durante séculos, sua existência foi considerada uma lenda, até que, em 2011, mergulhadores localizaram suas ruínas no fundo do mar, revelando um capítulo esquecido da história romana.

A lenda que virou realidade

Localizada no Golfo de Nápoles, a região foi originalmente colonizada pelos gregos, que a chamavam de Pithekoussai. Mais tarde, os romanos a conquistaram por volta de 322 a.C., rebatizando-a como Aenaria. Embora mencionada em textos antigos, como os do naturalista Plínio, o Velho, e do historiador Estrabão, a cidade permaneceu envolta em mistério, com poucas evidências arqueológicas que comprovassem sua existência.

Tudo mudou em 2011, quando uma equipe de pesquisadores, seguindo pistas de mergulhadores que haviam encontrado fragmentos de cerâmica romana em 1972, descobriu as ruínas de um extenso porto romano submerso. Entre os achados estavam moedas, ânforas, mosaicos, estruturas residenciais e até os restos de um navio de madeira.

O destino de Aenaria

Arqueólogos acreditam que a cidade desapareceu entre os anos 130 e 150 d.C., após uma erupção do vulcão Cretaio. Diferentemente de Pompeia, que foi soterrada por cinzas, Aenaria teria afundado devido a abalos sísmicos, submergindo na Baía de Cartaromana.

As escavações revelaram que a cidade era um importante centro comercial, com artefatos provenientes de diversas regiões do Mediterrâneo, incluindo cerâmicas da Campânia e do Oriente Médio, além de chumbo da Espanha. Recentes descobertas, como balas de chumbo e equipamentos navais, sugerem que Aenaria também pode ter servido como base militar.

Turismo arqueológico em alta

Todos os verões, novas expedições são realizadas, atraindo turistas curiosos. A cooperativa Marina di Sant’Anna e o Ischia Barche oferecem passeios em barcos com fundo de vidro, permitindo que visitantes observem as ruínas submersas. Mergulhadores também podem explorar os vestígios de perto.

Antes dos passeios, os participantes assistem a uma reconstrução em 3D da cidade e têm acesso a artefatos originais, proporcionando uma imersão na história de Aenaria. Os valores variam entre 30 euros (R$ 194) e 240 euros (R$ 1.553), dependendo da experiência escolhida.

turismo.ig.com.br

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