quarta-feira, 23 de julho de 2025

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Primeiras impressões do novo Quarteto Fantástico (sem spoilers)

Sabe quando você termina um filme sem aquela ressaca de filmes longos de super heróis? Foi assim que saí da cabine de imprensa de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, novo filme da Marvel Studios que estreia nos cinemas em 24 de julho.

Antes de tudo: se você nunca viu nada do universo Marvel, ou se perdeu na linha do tempo com tantos multiversos e variantes… boa notícia! Esse é o ponto de partida perfeito. O filme marca definitivamente o início de uma nova fase no Universo Cinematográfico Marvel (MCU). E com isso, entrega uma história que não exige bagagem para assistir.

A estética do filme é um espetáculo à parte. Um retrofuturismo inspirado nos anos 1960 que particularmente trouxe uma certa nostalgia. Quem cresceu assistindo “Os Jetsons” na TV, vai se sentir em casa. Uma trilha sonora impecável, que faz com que você se pegue assistindo ao filme com um sorrisinho no rosto.

Os personagens são carismáticos ao extremo. Joseph Quinn entrega um Johnny Storm que é debochado na medida, sem forçar a barra. Pedro Pascal, mais uma vez se mostra ser o melhor (e mais dedicado) pai do universo cinematográfico (e dessa vez cientista!). Vanessa Kirby, entregou uma Sue Storm sensível e poderosa, que inclusive fez alguns jornalistas discretamente enxugarem os olhos durante a sessão. Ebon Moss-Bachrach trouxe tanto carisma no papel de Coisa que, mesmo envolto em CGI em 95% do filme, ainda arranca boas risadas do público.

Um ponto que pode dividir opiniões é o CGI (Imagens Geradas por Computador) do primogênito da família. Em alguns momentos, seu visual parece destoar do restante. Por outro lado, o filme surpreende com a estética de figuras icônicas como a Surfista Prateada. Com ela, os efeitos ganham fôlego e preparam o terreno para o inevitável encontro com o temido e tão esperado Galactus.

O espaço como cenário e linguagem estética

A fotografia do filme é um prato cheio para fãs de sagas espaciais como Interestelar e Star Trek. Durante o filme a gente se depara com naves em visual retrô e uma paleta de cores que remete ao sci-fi clássico, criando toda uma atmosfera que conversa com quem é fascinado pelo gênero.

Como o filme mergulha fundo no universo cósmico, há até um possível easter egg para os fãs mais atentos de exploração espacial. Em uma das cenas, um disco de vinil dourado aparece como um elemento importante na história. Para os mais aficionados por ciência espacial, é impossível não lembrar do Golden Record: um disco de vinil banhado a ouro que foi acoplado às sondas Voyager 1 e 2, lançadas pela NASA em 1977. 

A ideia, liderada pelo cientista Carl Sagan, era levar uma cápsula do tempo para além do Sistema Solar, contendo sons da natureza, músicas de diferentes culturas, saudações em 55 línguas, além de imagens e informações sobre a Terra.  O objetivo? Apresentar nosso planeta a possíveis civilizações extraterrestres. Ainda que não haja confirmação de que o filme tenha se inspirado diretamente nesse fato, a associação deixa a experiência ainda mais legal.

Quanto ao tempo de duração: não é uma história longa e deixa a gente com gostinho de “quero mais”. O filme tem 1 hora e 55 minutos de duração. Ele não enrola, não te cansa. É direto ao ponto, mas sem parecer apressado. Talvez quem já é fã do universo Marvel sinta falta de mais tempo de tela. Mas para quem está chegando agora, ou quer um bom filme de aventura e ficção, é um prato cheio.

Se você for assistir, não esqueça das cenas pós créditos! O filme conta com duas ao total. A primeira, tirou o fôlego dos jornalistas presentes na sessão. Teve até quem gritou de emoção. 

Em resumo? Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é um sopro de leveza no MCU. Um novo começo com cara de clássico e um ótimo convite para voltar a se apaixonar pela Marvel.

gente.ig.com.br

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