O país vizinho já é um conhecido destino de compras dos brasileiros, pois tem tributação reduzida, alta circulação de produtos importados (inclusive dos EUA) e dólar competitivo, o que permite preços mais baixos em relação ao Brasil.
Mesmo com a limitação da cota de isenção de US$ 500 por pessoa (via terrestre), é possível economizar em itens como celulares, eletrônicos, perfumes, relógios e roupas de marca. A compra continua legal dentro desse limite, e os consumidores que seguirem as regras da Receita Federal não enfrentam penalidades.
O Paraguai não está entre os países que sofreram sanções tarifárias de Trump, desta forma, não deve aumento nos preços cobrados por lá. Importante ressaltar que a tendência é que também não tenha queda, mas como pode haver aumento no Brasil, assim se aumenta a competitividade, pois haverá maior diferença entre os valores cobrados nos países vizinhos.
No entanto, é importante lembrar que compras acima da cota no Paraguai são tributadas em 50% sobre o valor excedente ao entrar no Brasil, e o transporte de produtos deve obedecer às regras de entrada no país.
Para o consumidor atento, vale comparar os preços, considerar o câmbio e avaliar se a viagem ao Paraguai ainda compensa.
Ressaltando que o tarifaço anunciado por Trump e, consequentemente, a reciprocidade, ainda não entraram em vigor. O Senado aprovou o envio de uma comitiva a Washington, nos Estados Unidos, para estabelecer canais de diálogo para buscar uma solução.
O que é vantajoso comprar no Paraguai
Atualmente, independente de taxas extras, o Paraguai é um destino vantajoso por ter preços mais competitivos nos seguintes produtos:
Produtos Eletrônicos
Smartphones: Aparelhos como o iPhone 14 e outros modelos de última geração podem ser encontrados a preços significativamente mais baixos. Por exemplo, o iPhone 14 custa cerca de R$ 4.477 no Paraguai, enquanto no Brasil o preço começa em R$ 7.500.
Videogames e Acessórios: Itens como consoles e acessórios podem ter uma diferença de até 35% em relação aos preços praticados no Brasil.
Cosméticos e Perfumes
Marcas Importadas: Cosméticos de marcas renomadas, como Victoria’s Secret e MAC, estão disponíveis por até 30% menos do que os preços brasileiros. Perfumes de marcas como Chanel e Dior também apresentam diferenças significativas, podendo chegar a R$ 500 de economia.
Bebidas Alcoólicas
Destilados e Vinhos: Os preços de destilados, como a Vodka Absolut, são cerca de 25% mais baixos no Paraguai.
Chocolates
Marcas importadas: Uma variedade de chocolates importados está disponível com menores preços no Paraguai, como Milka, Lindt, Cadbury, Godiva, entre outros.
Roupas
Variedade de marcas internacionais e moda local: É possível encontrar roupas de marcas conhecidas, como Polo Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, entre outras, com descontos que variam de 20% a 50%.
Melhores lojas para comprar
As principais lojas da fronteira para fazer compras são Shopping China, Studio Center, Planet Outlet e Casa Nissei.
Shopping China: O centro comercial tem três lojas localizadas em cidades fronteiriças com o Brasil, em Mato Grosso do Sul e no Paraná.
Studio Center: Localizada em Pedro Juan Caballero, a loja tradicional tem estoque enorme de produtos de marcas importadas, incluindo computadores e cosméticos.
Planet Outlet: O Shopping Planet Outlet, localizado no Paraguai, é parte do grupo Shopping China e se destaca por oferecer produtos com descontos significativos.
Casa Nissei: A Casa Nissei está localizada em Ciudad del Este, no Paraguai.
Tributação
Ao fazer compras no Paraguai, é importante estar atento as tributações ao entrar com os produtos no Brasil.
O limite de compras mensal no Paraguai para trazer ao Brasil, sem pagamento de impostos, é de 500 dólares americanos por via terrestre e 1 mil dólares americanos por via aérea ou marítima. Isso inclui todos os itens adquiridos e deve ser respeitado para evitar a cobrança de impostos adicionais na alfândega brasileira.
Esses valores são válidos por um período de 30 dias. Se um viajante retornar ao Brasil antes desse prazo e realizar novas compras, essas não estarão cobertas pela isenção da cota.
Além do valor, também existem limites quantitativos para determinados produtos, como bebidas alcoólicas, cigarros, perfumes e eletrônicos. Por exemplo:
Bebidas alcoólicas: até 12 litros
Cigarros: até 10 maços (ou 200 unidades)
Perfumes: até 10 unidades
Eletrônicos: geralmente limitados a um por categoria (por exemplo, um celular, um notebook, etc.)
Esses limites estão sujeitos a alterações, por isso é sempre bom verificar as regras atuais da Receita Federal antes de viajar.
Se as compras excederem esses limites, o viajante deve declarar os bens e pagar um imposto de 50% sobre o valor que ultrapassar a cota.