quinta-feira, 17 de julho de 2025

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O maestro argentino Willy Verdaguer lança o livro "Voand'o Baixo"

O maestro Willy Verdaguer é um dos melhores músicos em atividade no país. No próximo dia 22 de julho, terça-feira, completará 80 anos.

Para comemorar essa data, lançará, no Bar Brahma, a partir das 19 horas, o livro Voand’o Baixo

Nele conta sua trajetória, desde que saiu da Argentina, nos anos 60, sua participação na Tropicália com o grupo Beat Boys, a passagem pelo Secos & Molhados, além da criação do Raíces de América, um dos principais grupos de música latina do Brasil.

Também falará de sua experiência em grandes festivais de música. Entre eles o III Festival da Música Popular Brasileira , em 1967, realizado pela TV Record, e o Festival MPB Shell , em 1982, organizado pela Rede Globo.

Nesse último, com o grupo Raíces de América, conquistou o segundo lugar com “Fruto do Suor”, uma composição de Tony Osanah e Enrique Bergen.

Sua história pessoal e profissional é riquíssima, tendo tocado com Caetano Veloso,  Ney Matogrosso e Guilherme Arantes.

Apresentamos uma entrevista realizada com Willy Verdaguer, na qual revela o que encontraremos no livro.

Você nasceu e cresceu na Argentina, mas passou a maior parte de sua vida no Brasil. Como é ser um argentino que adotou o Brasil também como seu país? 

Na verdade, foi o Brasil que me adotou quando eu ainda era um jovem deslumbrado com minha liberdade individual.

Digo, vivendo no exterior, sem família, sem namorada, ninguém pra me ‘orientar’ de acordo com padrões pré-estabelecidos.

Sem folclore, sem costumes, sem tradições (que depois viriam à tona, avassaladoras). Eu comigo mesmo.

Com meus irmãos Beat Boys e sobre tudo, com um horizonte panoramicamente aberto na vida musical/cultural do Brasil.

Especialmente de São Paulo. As oportunidades e projetos foram se apresentando de uma forma alucinante, me envolvendo por inteiro, até eu constatar: “Sim. Este também é o meu lugar”.

Assim mesmo, com isso tudo (risos), “não é fácil ser argentino”.

Voand’o Baixo  é uma obra autobiográfica, no sentido mais pessoal, ou é um livro de histórias que você presenciou ou viveu?

Voand’o Baixo  é mais essa segunda opção. Escrevi sobre casos e situações que vivi ou que vi acontecer.

Nos palcos, nas viagens, nos ensaios. Com artistas célebres e com músicos de alto nível.

Nos festivais da MPB, na Tropicália, com o Secos & Molhados, com o Raíces de América e tantos outros. 

E também casos pessoais, alguns que adoro. Outros hilários que também adoro!

Situações conflitantes. Momentos engraçadíssimos. Tem de tudo e para todos nesse livro. E muita música…

Você é um grande baixista, tendo sido chamado, ao longo de sua carreira, para tocar com grandes músicos do Brasil. No livro você fala sobre técnica musical, ou como ser um bom baixista? 

Acredito que fui chamado para participar de projetos que felizmente vieram a ser grandes, porque estava no lugar certo, na hora certa e porque estava preparado (falo disso no livro) não só para dar conta musicalmente, como para aportar com ideias e me tornar necessário em alguns. 

Por outro lado, não digo exatamente “como ser um bom baixista” porque não sei se sou um bom exemplo de nada.

Mas dou dicas musicais que me ajudaram, e muito, na minha trajetória. Vale conferir!

O que representa para você ter participado de momentos tão importantes da arte no Brasil como a Tropicália, o Secos & Molhados e a criação do Raíces de América?

Eu diria que representa tudo ou quase tudo na minha vida! Estive no centro do furacão dos maiores movimentos musicais e de comportamento já acontecidos no país (no meu entender, claro).

Conheci e estive lado a lado e troquei ideias com os grandes compositores e intérpretes brasileiros. 

Na minha minúscula participação e com algumas notas musicais, enfeitei e dei algum brilho a seus magníficos repertórios.

O que mais os leitores de Voand’o Baixo  podem esperar do livro?

Além de contar casos e situações vividas, falo sobre meus ídolos do contrabaixo elétrico. 

O que eles significam pro mundo e o que me encanta deles. Paul McCartney, Chris Squire, Greg Lake e outros…

Tem também capítulos onde ‘recomendo’ alguns álbuns latino-americanos, que, no meu entender, são fundamentais. E tem fotos das minhas andanças por este mundo.

Willy Verdaguer aproveita para reforçar o convite para todas e todos comparecerem ao Bar Brahma, dia 22 de julho, para comemorarem seu aniversário com o lançamento de Voand’o Baixo.

Esta coluna é um espaço destinado à cultura e músicas latinas. Mais informações sobre esses temas você encontra em www.ondalatina.com.br   e no Canal Onda Latina: https://www.youtube.com/@canalondalatina

Ouça “Fruto do Suor” com Raíces de América:

gente.ig.com.br

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