segunda-feira, 14 de julho de 2025

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Sonda Solar Parker capta imagens inéditas da coroa e vento solar

Reprodução/ AJ SpaceTech

Conceito ilustrativo da Sonda Solar Parker, NASA

A Sonda Solar Parker  capturou registros inéditos da coroa solar e do comportamento dos ventos solares, em sua trajetória mais próxima da superfície do sol até hoje.

De acordo com a USA Today, as imagens divulgadas pela NASA, revelam detalhes da atmosfera externa do sol e prometem contribuir para o entendimento sobre os impactos no clima espacial — incluindo efeitos que podem atingir diretamente a Terra

Em 2021, a sonda já havia atravessado pela primeira vez a coroa solar, a cerca de 13 milhões de quilômetros da superfície do Sol, revelando que sua estrutura era mais complexa e irregular do que o esperado.

Em 2024, os dados obtidos apontaram que o chamado “vento solar rápido” tem origem nos chamados funis magnéticos — regiões do Sol onde os campos magnéticos canalizam partículas. Já o “vento solar lento”, cuja velocidade é cerca da metade, ainda gera dúvidas. A missão atual busca confirmar sua origem em estruturas específicas da coroa, como as serpentinas de capacete e os buracos coronais.

Instrumentos científicos como o Wide-Field Imager for Solar Probe (WISPR) documentaram, com alta resolução, interações entre ejeções de massa coronal (CMEs) — enormes explosões de partículas carregadas que influenciam diretamente o ambiente espacial do sistema solar.

 Imagem tiradas pelo instrumento WISPR da Parker Solar Probe em 25 de dezembro de 2024, mostra o vento solar saindo da atmosfera externa do Sol
Reprodução/ NASA/Johns Hopkins APL/Laboratório de Pesquisa Naval

Imagem tiradas pelo instrumento WISPR da Parker Solar Probe em 25 de dezembro de 2024, mostra o vento solar saindo da atmosfera externa do Sol

Segundo Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas na sede da NASA em Washington, os dados obtidos ajudarão a melhorar as previsões de tempestades solares, protegendo satélites, astronautas e tecnologias sensíveis.

“Estamos testemunhando onde as ameaças climáticas espaciais à Terra começam, com nossos olhos, não apenas com modelos. Esses novos dados nos ajudarão a aprimorar significativamente nossas previsões climáticas espaciais para garantir a segurança de nossos astronautas e a proteção de nossa tecnologia aqui na Terra e em todo o sistema solar”,  afirmou no site oficial da NASA. 

Movimentos de ”zigue-zague”

A missão também revelou que o vento solar, embora se manifeste como uma corrente suave nas proximidades da Terra, apresenta um comportamento muito mais turbulento quando observado perto de sua origem.

Ao alcançar a distância de 23,6 milhões de quilômetros da superfície do sol, a sonda detectou padrões irregulares no campo magnético — descritos como “zigue-zagues” — que ocorrem de forma agrupada e em número significativamente maior do que os modelos anteriores previam. Esses dados oferecem novas pistas sobre a complexidade do ambiente solar nas regiões mais internas da coroa.

A Sonda Solar Parker continuará sua missão com novas aproximações previstas. A próxima passagem pela coroa solar está marcada para 15 de setembro de 2025, com expectativa de gerar ainda mais dados sobre a dinâmica da estrela e suas consequências para o planeta Terra.

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