quinta-feira, 10 de julho de 2025

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Às vésperas do USDA, veja como ficaram os preços de soja

O mercado de soja no Brasil encerrou esta quinta-feira (10) com preços mais altos. O motivo foi a combinação de dois fatores: a alta do dólar e valorização na bolsa de Chicago. A movimentação nas tradings também foi destaque, especialmente em estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, onde foram registrados negócios ativos, além de operações nos portos.

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“As tradings estiveram mais agressivas, com melhores preços praticados. A indústria ainda está um pouco de lado, o vendedor segue forçando os spreads, e a conta de basis segue alta frente à paridade de exportação”, explicou Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado. Ele destaca que os prêmios pouco mudaram, com pequenos ajustes, mas o efeito cambial foi positivo para as cotações.

Soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 128,00 pra R$ 130,00
  • Santa Rosa (RS): subiu de R$ 129,00 pra R$ 131,00
  • Porto de Rio Grande (RS): subiu de R$ 135,00 pra R$ 137,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 129,00 pra R$ 131,00
  • Paranaguá (PR): subiu de R$ 134,00 pra R$ 136,00
  • Rondonópolis (MT): subiu de R$ 116,00 pra R$ 119,00
  • Dourados (MS): subiu de R$ 118,00 pra R$ 121,00
  • Rio Verde (GO): subiu de R$ 117,00 pra R$ 120,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam com alta, impulsionados por recuperação técnica e reposicionamento de carteiras às vésperas da divulgação do relatório do USDA. Após encostar no menor nível em três meses, o mercado reagiu, embora os ganhos tenham sido limitados pelas boas condições climáticas nos Estados Unidos.

A política tarifária de Donald Trump segue no radar. Embora a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros não atinja diretamente grãos, a valorização do dólar tende a impulsionar as exportações brasileiras.

Expectativa do USDA

O USDA deve anunciar leve corte na produção de soja dos EUA em 2025/26, com aumento nos estoques. O relatório será divulgado nesta sexta-feira (11), às 13h.

A expectativa é de uma safra americana em 4,331 bilhões de bushels (ante 4,340 bilhões de junho) e estoques de 304 milhões de bushels para 2025/26. Para 2024/25, os estoques devem subir de 350 para 358 milhões.

Em nível mundial, os estoques finais de 2024/25 devem passar de 124,2 para 124,3 milhões de toneladas, com estimativa de 125,5 milhões para 2025/26. A safra do Brasil deve subir de 169 para 169,4 milhões de toneladas, e a da Argentina de 49 para 49,2 milhões.

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto subiram 3,50 centavos (0,34%), a US$ 10,12 1/2 por bushel. A posição novembro avançou 6,50 centavos (0,64%), a US$ 10,13 3/4. No farelo, o contrato de agosto subiu US$ 2,00 (0,74%), a US$ 271,40. No óleo, alta de 0,20 centavo (0,37%), a 53,49 centavos de dólar.

Tarifas de Trump

Segundo Gabriel Viana, analista da Safras & Mercado, o maior impacto da tarifa de Trump é indireto, via câmbio. “Como o Brasil não exporta grão, farelo ou óleo de soja para os EUA, os efeitos são secundários, mas o dólar mais alto influencia os prêmios e melhora a competitividade externa.”

No mercado de óleo, um fator adicional é a tarifa sobre o sebo bovino, que deve reduzir drasticamente as exportações brasileiras e aumentar a oferta interna. Isso tende a derrubar os preços do sebo e pressionar o óleo de soja, já que ambos têm ligação na produção de biodiesel.

Dólar

O dólar comercial subiu 0,69%, cotado a R$ 5,5407 para venda e R$ 5,5387 para compra. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 5,5250 e R$ 5,6215.

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