Teoria dos Anunnakis
Estão Brincando de ser Deus? Nem Humanóide, nem Gêmeo Digital! Vem aí o Ser Humano 100% Sintético
Na Pseudoarqueologia da História Moderna defendida pelos teóricos dos antigos astronautas, afirma-se que a gênese humana tem origem com os Anunnakis (na língua Suméria, “seres que vieram do céu”), povos de outras fronteiras estelares que alteraram o DNA dos primitivos que habitavam a Terra, fazendo surgir a Era do Homo Erectus. Eles tinham 2,5 metros de altura e teriam transferido seus conhecimentos sobre agricultura, metalurgia etc para suas “crias-híbridas”. O curioso é que a cópola entre os “deuses” e os primitivos, tinha a intenção de gerar mão de obra para a escavação de minérios como o ouro. O mais incrível é que registros históricos nas Tábuas Sumérias, contam essa história dos seres Anunnaquis.
Por mais exótica que possa parecer é curioso observar que esse desejo intervencionista na biologia humana está nas prioridades dos atuais controladores do mundo (podemos rotulá-los de Anunnakis da Era Moderna?). Há um movimento intenso no mercado bilionário da Bioengenharia Sintética desde a produção de materiais inteligentes, organóides (biocomputação), até a criação por completo de um corpo humano dotado de órgãos, cérebro etc, 100% sintetizado.
“Vida” de Laboratório
A Nova Gênese Artificial
A humanidade sempre buscou transcender seus limites biológicos. Se antes isso se restringia à mitologia e à ficção científica, hoje, com os avanços da biologia sintética, a criação de um ser humano totalmente artificial já não é mais um devaneio distante. O Projeto de Genoma Humano Sintético (SynHG), liderado por cientistas britânicos e financiado pelo Wellcome Trust, pretende construir um genoma humano do zero em laboratório .
Enquanto Humanista Digital, questiono: Estamos preparados para essa revolução? A capacidade de reescrever o código da vida traz promessas médicas extraordinárias, mas também riscos éticos profundos. A história mostra que o ser humano, movido por uma lógica extrativista e separatista, frequentemente falha em administrar tecnologias disruptivas com responsabilidade. Será que, ao brincar de Deus, não estamos pavimentando um caminho perigoso para a humanidade?
O Projeto SynHG: A Engenharia da Vida Artificial
O Que É o SynHG?
O SynHG é uma iniciativa ambiciosa que visa sintetizar um genoma humano inteiramente artificial. Liderado pelo professor Jason Chin, do Instituto de Biologia Generativa da Universidade de Oxford, e financiado com 75 milhões de reais (10 milhões de libras) pelo Wellcome Trust, o projeto busca desenvolver ferramentas para construir DNA humano em laboratório .
Seu objetivo declarado é:
– Entender melhor doenças genéticas e desenvolver terapias celulares avançadas.
– Criar tecidos e órgãos sintéticos para transplantes.
– Avançar a biotecnologia para além dos limites da edição genética (como CRISPR – edição do DNA)) .
Estágio Atual e Perspectivas Futuras
Os cientistas admitem que a construção de um genoma humano sintético completo pode levar **décadas**, mas nos próximos 5 a 10 anos, esperam criar o primeiro cromossomo artificial e as ferramentas necessárias para avançar .
Por Que Sintetizar um Genoma Humano? – Argumentos:
Revolução na Medicina
– Terapias personalizadas: Células e tecidos sintéticos poderiam tratar doenças hoje incuráveis, como cânceres genéticos e degenerações neurológicas .
– Órgãos sob demanda: Evitando filas de transplantes e rejeição imunológica .
– Resistência a vírus: Código genético sintético poderia ser projetado para ser imune a infecções .
Avance Científico e Econômico
– Novas fronteiras na bioengenharia: Aplicações na agricultura (plantas resistentes a mudanças climáticas) e na indústria (biomateriais avançados) .
– Mercado bilionário: A biologia sintética já movimenta – US$ 10,8 bilhões e cresce 45,8% ao ano..
Os Riscos Éticos: Brincando de Deus?
Hackeando a Natureza: Até Onde Podemos Ir?
A biologia sintética não apenas edita a vida, mas a “recria do zero”. Isso levanta questões fundamentais:
– Quem controla essa tecnologia? Empresas privadas, governos ou cientistas?
– Seres humanos “melhorados”: A linha entre terapia e eugenia é tênue. Bebês personalizados, humanos com habilidades superiores e desigualdades genéticas podem surgir .
– Armas biológicas: DNA sintético pode ser usado para criar patógenos letais .
O Problema da Separatividade Humana
A história mostra que nossa relação com a natureza é predatória:
– Extrativismo: Exploração desenfreada de recursos, levando a crises climáticas.
– Desigualdades sociais: Se o SynHG for comercializado, apenas elites terão acesso a “humanos sintéticos perfeitos”, aprofundando abismos sociais .
O Fantasma da Eugenia
– Seleção artificial de genes: Podemos cair em uma nova era de discriminação genética, onde certas características sejam valorizadas e outras descartadas .
– Perda da diversidade humana: A padronização genética pode extinguir variações naturais essenciais para a evolução .
Welcome Trust está por trás do Projeto: “Genoma Sintético”
O Wellcome Trust: Quem Está Por Trás Dessa Revolução?
Origem e Poder Financeiro
– Fundado em 1936 por Henry Wellcome, magnata farmacêutico (Burroughs Wellcome, hoje parte da GSK) .
– Patrimônio de £37,6 bilhões (2025), tornando-o uma das maiores fundações de pesquisa do mundo .
Outros Projetos Polêmicos
– Wellcome Sanger Institute: Pesquisa genômica em larga escala, incluindo o Projeto Genoma Humano original .
– Investimentos em Big Pharma: Apesar de ser uma entidade filantrópica, o Wellcome Trust tem laços com indústrias farmacêuticas que lucram com patentes genéticas .
Críticas ao Modelo de Atuação
– Conflito de interesses: Financia pesquisas que podem gerar lucros para empresas associadas .
– Falta de transparência: Decisões sobre edição genética são tomadas por um pequeno grupo de cientistas e investidores, sem ampla participação pública .
Gilberto Namastech – Futurista
Estamos Preparados para o Humano Sintético?
Enquanto espiritualista, gostaria de convocar os líderes das diversas religiões, filósofos e humanistas, para que se posicionem sobre essa temática. Na medida em que um corpo não biológico receba “chips” controlados por Inteligência Artificial e tenha a capacidade de interagir com seres humanos, muitas quetões éticas precisarão ser levadas em conta.
O SynHG representa um salto quântico na ciência, mas também um desafio ético sem precedentes. Se, por um lado, pode curar doenças e prolongar vidas, por outro, pode redefinir o que significa ser humano – e nem sempre para melhor.
Perguntas que Devemos Responder Antes de Avançar:
1. Quem decide os limites da engenharia genética humana?
2. Como evitar que essa tecnologia amplie desigualdades?
3. Estamos ética e emocionalmente preparados para conviver com humanos sintéticos?
A biologia sintética não é apenas uma ferramenta, mas um espelho: ela reflete nossos valores, medos e ambições. Se não enfrentarmos nossas falhas históricas – o extrativismo, a ganância, a separatividade –, corremos o risco de criar um futuro onde a vida artificial seja mais humana do que nós mesmos.
A pergunta final não é “Podemos fazer isso?”, mas “Deveríamos?”.
Gilberto Lima Jr. é Futurista e Humanista Digital. Atua como Palestrante e Membro do Board de Diversas Empresas.
Referências Principais do Texto:
– [1] O Globo: Projeto SynHG e riscos éticos.
– [3] SciELO: Biologia Sintética e Bioética.
– [4] InfoMoney: Cientistas criando DNA humano.
– [7] Wikipedia: Wellcome Trust.
– [8] Revista FT: Limites éticos na edição genética.
– [9] InfoEscola: Biologia Sintética.