A pecuária de corte sul-mato-grossense está dando exemplo de como transformar boas escolhas genéticas em lucros reais. Já clica no vídeo abaixo e confere essa história que é pura inspiração para a sua fazenda!
Em destaque no quadro Giro pelo Brasil, do programa Giro do Boi, pecuaristas do estado levaram para o abate lotes de novilhas angus e charolês que garantiram todas as bonificações possíveis, inclusive do respeitado Protocolo 1953.
E não foi com qualquer gado, não! As chamadas “novilhotas” impressionaram não só pelo desempenho de peso, mas também pelo acabamento de carcaça. Tudo isso com animais muito jovens e criados com manejo preciso.
Fazenda Bom Jesus: angus de primeira no Protocolo 1953
A Fazenda Bom Jesus, de Aristeu Alceu Carbonaro, localizada em Bela Vista (MS), foi responsável por um dos lotes mais elogiados da semana.
As novilhas angus, com idade jovem e zero dentes, atingiram um peso médio de 267 kg de carcaça, equivalente a 17,8 arrobas por cabeça.
O resultado foi um show de produtividade e genética. A premiação veio por meio do Protocolo 1953, que valoriza animais de raças taurinas e premia pela qualidade da carne, maciez e suculência.
Outro exemplo de capricho veio da Fazenda Cachoeirinha, em Ribas do Rio Pardo (MS), de propriedade do pecuarista Albano Coccapieler Ferreira.
Lá, as novilhas charolês atingiram uma média de 290 kg de carcaça, ou seja, 19,3 arrobas por animal, também com todas as bonificações garantidas.
Esses dados são um indicativo claro de que o cruzamento industrial bem conduzido — aliado à nutrição e ao manejo certos — gera um produto final muito valorizado pelo mercado.
Entenda o que é o Protocolo 1953
O Protocolo 1953 é um programa criado para remunerar melhor o pecuarista que entrega animais jovens e com pelo menos 50% de sangue taurino, como angus, charolês, hereford, canchim ou blonde d’aquitaine.
Para participar, as novilhas precisam ter no máximo quatro dentes, enquanto os machos devem ser castrados e ter até dois dentes incisivos. A qualidade da carne, especialmente a maciez e o acabamento de gordura, são critérios essenciais para garantir o bônus.
Desde seu lançamento em 2018, o protocolo vem ganhando força, reconhecendo o esforço de quem investe em genética, nutrição e bem-estar animal.
A lição deixada pelos pecuaristas de MS é clara: vale a pena investir no cruzamento industrial com raças taurinas.
Além de aumentar a produtividade, os resultados mostram que é possível atingir novilhas de quase 20 arrobas com idade jovem, prontas para atender aos protocolos de carne premium e ganhar um bônus significativo por arroba.
Para quem ainda duvida do retorno desse modelo, os dados apresentados no Giro do Boi são um convite à reflexão: com genética bem escolhida e um manejo eficiente, o pasto realmente vira ouro.