sexta-feira, 4 de julho de 2025

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Diretor do Consórcio Guaicurus defende ‘Ar no Busão’ e diz a Landmark que medida depende da Prefeitura

18.06.2025 · 5:18 · Vereador Landmark

A última oitiva da terceira fase da CPI do Transporte Público, realizada nesta quarta-feira (18), foi marcada por uma fala firme do atual diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, em defesa da implantação de ar-condicionado nos ônibus de Campo Grande.

Durante o depoimento na Câmara Municipal, Themis, após ser questionado pelo vereador Landmark Rios (PT), autor do projeto “Ar no Busão”, afirmou que considera a medida necessária e que cumprirá a exigência caso a Prefeitura determine a alteração no contrato.

“A questão do ar-condicionado nos ônibus, como nós já conversamos alguma vez e o vereador já me procurou para fazer essa discussão, é possível e, do meu ponto de vista, é necessário. Precisa de uma decisão da prefeitura, do meu contratante. Se o meu contratante me determinar que a partir de agora os ônibus devem ter ar-condicionado, eu vou cumprir assim que determinar”, afirmou.

A fala corrobora com a proposta defendida pelo vereador Landmark Rios (PT), idealizador do Projeto de Lei 11.636/2025, que torna obrigatória a instalação de ar-condicionado nos novos veículos do transporte coletivo urbano da capital. O projeto entrou em pauta em regime de urgência, mas teve a votação adiada após pedido de vistas. A expectativa é que retorne à pauta na próxima semana.

Para Landmark, a fala do diretor-presidente é uma sinalização clara de que há respaldo técnico e administrativo para avançar com a proposta, desde que haja vontade política do Executivo. “O povo quer e precisa de dignidade. Essa fala mostra que o que falta não é viabilidade, é decisão. Vamos continuar lutando por isso. Campo Grande merece respeito”, afirmou o parlamentar.

Apoio técnico também veio de ex-presidente do consórcio

Na oitiva anterior da CPI, realizada na segunda-feira (16), o ex-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, também afirmou que a climatização da frota é urgente e necessária. Ao ser questionado por Landmark sobre a viabilidade do projeto, João respondeu: “Concordo com o senhor em gênero, número e grau. Pelo ar-condicionado no transporte urbano, hoje é realmente um calor. Mas tudo tem preço.”

Ele citou o caso do Distrito Federal, onde 330 dos 360 ônibus contam com ar-condicionado e a tarifa técnica gira em torno de R$ 10,50 — mais que o dobro da tarifa paga pelo usuário, que permanece em R$ 4,95.

A proposta do “Ar no Busão” vem ganhando apoio popular e político dentro da Câmara Municipal, inclusive entre parlamentares de diferentes partidos. A fala de Themis reforça a necessidade de repactuação do contrato com o município, proposta que também foi defendida durante sua participação na CPI.

Texto: Renan Nucci

Foto: Isaias Medeiros

camara.ms.gov.br

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