O Museu do Louvre, em Paris, amanheceu de portas fechadas nesta segunda-feira (16), após funcionários se recusarem a assumir seus postos em protesto contra as condições de trabalho.
A paralisação não foi anunciada previamente e pegou de surpresa uma multidão de turistas, muitos com ingressos já comprados.
De acordo com a agência Associated Press, a decisão foi tomada durante uma reunião interna entre atendentes de galeria, segurança e bilheteiros, que alegaram esgotamento diante do fluxo diário de visitantes.
O sindicato da categoria classificou a situação como “insustentável” e afirmou que o museu “está desmoronando por dentro”.
Essa não é a primeira vez que o Louvre suspende suas atividades. Em 2019, uma greve contra a superlotação também levou ao fechamento do espaço, mas, na ocasião, houve aviso prévio. Desta vez, o protesto ocorreu de forma repentina.
O episódio ocorre poucos meses depois de o presidente Emmanuel Macron anunciar um plano para revitalizar o museu, incluindo melhorias estruturais e estratégias para controlar o número excessivo de visitantes.
Funcionários, no entanto, apontam que as medidas ainda não surtiram efeito prático.
O Louvre é o museu mais visitado do mundo e abriga algumas das obras de arte mais icônicas da história, sendo a mais célebre delas a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.
O retrato do século 16 é o principal ponto de atração da instituição, reunindo cerca de 20 mil pessoas por dia na Salle des États, a maior sala do museu.
O ambiente em torno da pintura, constantemente cercada por multidões e flashes, mais se assemelha a um evento de celebridade do que a uma contemplação artística silenciosa.