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CPI: Ex-funcionários denunciam ‘condições desumanas’ no transporte coletivo da Capital

11.06.2025 · 4:52 · CPI

A CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de Campo Grande ouviu nesta terça-feira (11) dois ex-funcionários do Consórcio Guaicurus, que relataram situações graves envolvendo a precariedade do serviço prestado à população e as condições de trabalho dentro do sistema de transporte coletivo da Capital.

O primeiro a prestar depoimento foi o ex-motorista Weslei Conrado, que atuou entre 2022 e 2024. Em seu relato contundente, classificou o transporte público da cidade como “desumano”, tanto para os usuários quanto para os profissionais que operam o sistema. Weslei citou o sucateamento da frota, veículos com elevadores de acessibilidade quebrados, superlotação, jornadas de trabalho extenuantes e até ônibus circulando com o velocímetro estragado.

“Já tive que circular com um veículo que estava com o elevador estragado e tive que falar pro usuário cadeirante para esperar outro ônibus, e isso era triste. Também fui obrigado a colocar passageiros pra dentro do ônibus até não caber mais. Eu não aguentei mais esse tipo de situação e pedi afastamento, pois as condições estavam desumanas”, declarou. Atualmente, ele trabalha no transporte público de Florianópolis (SC), onde afirma ter melhores condições de trabalho.

Na sequência, a CPI ouviu Gabriel da Silva Souza Almeida, que atuou por seis meses no setor de bilhetagem do Consórcio. Ele denunciou condições de trabalho insalubres, como a ausência de ar-condicionado nas cabines e a falta de assentos adequados. Gabriel também relatou práticas de assédio moral e pressão constante por parte de supervisores.

“Meu objetivo é mostrar para a sociedade que, além de um serviço de péssima qualidade e tarifa abusivamente cara, o Consórcio Guaicurus contribui com a fragilização dos direitos trabalhistas e para o aumento da exploração de trabalho, que, por consequência, piora a qualidade do serviço prestado”, afirmou.

As próximas oitavas continuam na segunda-feira (16), quando serão ouvidos às 13h João Rezende (ex-diretor do Consórcio), e às 15h Robson Luiz Strengari (ex-gerente executivo do Consórcio).

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

camara.ms.gov.br

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