sábado, 7 de junho de 2025

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O samba foi o guia

Salve, salve, simpatia!

Vamos de samba?

A música tem o poder de transformar vidas, ela embala histórias, consola dores, celebra conquistas e conecta pessoas. Na quebrada, no asfalto ou além-mar, a música é a linguagem que atravessa fronteiras e fala direto ao coração. E poucos artistas representam tão bem esse poder transformador quanto Chocolatte de Vila Maria.

 Anderson Luciano Santos, nascido em Santa Cruz da Vitória (BA), Chocolatte construiu sua vida com batuque, suor e paixão, ainda criança, mudou-se com a família para a Vila Maria, na zona norte de São Paulo, e foi lá que o samba o encontrou, e como todo grande encontro, o impacto foi imediato e profundo.

Cantor, compositor, percussionista, baterista e produtor, Chocolatte soma mais de 30 anos de carreira dedicada à música brasileira. E não é qualquer trajetória, ele já dividiu palco com gigantes como Beth Carvalho, Demônios da Garoa, Jamelão, Jair Rodrigues e Monarco. Sua batucada já ecoou em festivais internacionais como o prestigiado Montreux Jazz Festival, na Suíça, e o Jazz à Vienne, na Áustria. Ou seja, de São Paulo para o mundo, sempre com o samba como guia.

Sua discografia é um verdadeiro manifesto cultural. Álbuns como Herança Popular (2012), A Fantástica Bateria do Chocolatte (2017), A Fantástica Estrada de Chocolatte de Vila Maria e 1ª Roda de Samba do Bloco do Chocolatte e Amigos (Ao Vivo) (2023) celebram a essência do samba, misturando tradição, inovação e uma batida que é só dele. Músicas como Nossa Batucada, Meu Samba É Cultura e Tudo Nosso são mais que canções, são retratos vivos da alma brasileira.

 Chocolatte vai além dos palcos, ele é um ativista cultural, idealizador de projetos comunitários e um verdadeiro agitador da cena periférica. Suas rodas de samba são encontros de afeto, resistência e identidade. Sua missão é clara, usar a arte como ferramenta de transformação social. E consegue.

E por falar em transformação, é impossível não destacar a importância de ter referências ao longo do caminho. Chocolatte é o que é, porque teve a humildade de aprender com os mestres, e a coragem de criar sua própria linguagem. Beth Carvalho, Jamelão, Monarco e tantos outros não foram apenas colegas de palco, foram espelhos, fontes de sabedoria e inspiração.

Ter referências é reconhecer que ninguém nasce pronto, é saber olhar para quem veio antes, absorver, respeitar e depois transformar. Todo grande artista carrega em si a alma de quem o inspirou. E quando jovens da periferia veem Chocolatte brilhar, também passam a acreditar que o samba, e a vida, pode abrir caminhos pra eles.

Conhecer Chocolatte é entender que a música não é só entretenimento, é cultura, história, política, afeto, resgate, e acima de tudo, é esperança.

 Enquanto houver um pandeiro tocando, uma cuíca chorando e uma voz cantando, haverá resistência, Haverá samba, Haverá vida!

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