Lexa, de 31 anos, usou as redes sociais em 22 de maio de 2025, em homenagem ao Dia Mundial da Pré-eclâmpsia, para alertar sobre a condição após enfrentar uma pré-eclâmpsia precoce com síndrome de Hellp durante a gestação.
O desfecho grave levou à morte de sua filha, Sofia, nascida em 2 de fevereiro e falecida três dias depois, e à sua internação em UTI com uso intensivo de medicamentos.
Em um story, a cantora declarou: “ Sou uma sobrevivente da pré-eclâmpsia .”
Ela relembrou que, apesar de um pré-natal considerado exemplar, sua condição evoluiu rapidamente.
“Tomei AAS e cálcio na gestação toda. Fiz um pré-natal perfeito, fiz TUDO, mas minha pré-eclâmpsia foi muito precoce, extremamente rara e grave. O meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também.”
Panorama nacional segundo o Ministério da Saúde
Em 2023, o Brasil registrou 7.846 casos de pré-eclâmpsia nos graus moderado, grave e não especificado; os números do ano seguinte ainda são parciais.
Em 14 de fevereiro de 2025, o Ministério da Saúde publicou nota técnica que recomenda a suplementação universal de carbonato de cálcio para gestantes, a partir da 12ª semana de gravidez até o parto, como estratégia para reduzir a morbimortalidade materna, sobretudo entre mulheres negras e indígenas.
“A adoção dessa prática no âmbito da APS, na rotina das Unidades Básicas de Saúde (UBS), possibilitará o cuidado integral às gestantes durante o pré-natal, com vistas ao alcance do cuidado em saúde com universalidade e equidade étnico-racial” .
A recomendação fundamenta-se no papel do cálcio na regulação da pressão arterial e na prevenção de complicações gestacionais.
A medida visa oferecer proteção adicional às gestantes de todos os perfis, especialmente aquelas que, como Lexa, podem desenvolver formas graves e atípicas de pré-eclâmpsia.