A General Motors
(GM) anunciou, no início da semana, uma demissão em massa que atingiu trabalhadores das três fábricas situadas no estado de São Paulo. Segundo os sindicatos, 1.200 colaboradores foram dispensados das plantas de Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos.
A fábrica de São José dos Campos, de acordo com os órgãos que representam os trabalhadores, foi a mais atingida, com o corte de 800 dos cerca de 4 mil funcionários, número que representa 20% do efetivo total da planta, responsável pela fabricação da S10
e da Trailblazer
.
A segunda unidade que mais sofreu com as demissões foi a de São Caetano do Sul, local em que ficam as linhas de produção da Spin
, da Montana
e do Tracker
. A fábrica do ABC efetuou o desligamento de 300 de seus 7,5 mil empregados.
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Por fim, a planta de Mogi das Cruzes, em números puros, foi a menos afetada, com 100 funcionários demitidos. Em termos percentuais, porém, o corte foi mais significativo, com 21,2% do quadro de 470 funcionários recebendo o tão temido “bilhete azul”.
A expressão, aliás, casa bem com a forma com que os funcionários foram demitidos. Segundo os sindicatos locais, a GM tomou a decisão de forma unilateral e avisou os colaboradores a respeito do desligamento via telegrama, ação que gerou revolta e foi considerada o estopim para a greve declarada na segunda-feira (23).
Funcionários da GM pedem ajuda
Os funcionários da GM que foram demitidos buscaram ajuda do Governo Federal para tentar reverter a demissão em massa. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes, São Paulo e São José dos Campos, a esperança é que haja intervenção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e até do presidente Lula.
Segundo o ofício conjunto enviado pelos sindicatos, a GM não cumpriu com os acordos de layoff (dispensa temporária) acertados previamente, e realizou a demissão em massa apenas depois de a sugestão de PDV (Programa de Demissão Voluntária) ter sido recusada
, no fim de setembro.
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