O sobrenome Silva lidera a lista dos mais comuns no Brasil, presente em cerca de 15% da população. De figuras icônicas como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando por personalidades históricas como Ayrton Senna (cujo nome completo inclui “da Silva”), a herança portuguesa está profundamente enraizada na identidade brasileira.
Os dez sobrenomes mais frequentes no país têm origem em Portugal ou na Galícia (atual região da Espanha), refletindo séculos de colonização. Além de revelar pistas sobre a história familiar, essa conexão pode ser um caminho para a obtenção da cidadania portuguesa — e, consequentemente, de um passaporte europeu.
Os sobrenomes mais comuns e suas origens
A lista dos nomes mais populares no Brasil inclui:
Silva
Santos
Oliveira
Souza (ou Sousa)
Pereira
Ferreira
Rodrigues
Alves
Lima
Costa
Esses sobrenomes se dividem em categorias distintas:
Toponímicos: referem-se a lugares, como Oliveira (originário da antiga freguesia de Santa Maria da Oliveira).
Patronímicos: indicam descendência masculina, como Rodrigues (filhos ou descendentes de Rodrigo).
Profissionais: associados a ofícios, como Ferreira (ferreiros).
Religiosos: caso de Santos.
A origem exata de cada família pode ser difícil de rastrear, já que muitos nomes se espalharam pela Península Ibérica ao longo de séculos. O sobrenome Silva, em Portugal, passou a ser associado também a áreas com amoras-silvestres, conhecidas como silvas.
Cidadania portuguesa: quem tem direito?
Ter um sobrenome português não garante automaticamente a cidadania, mas descendentes diretos podem ter vantagens. A legislação de Portugal permite que netos de portugueses solicitem a nacionalidade, desde que comprovem o domínio do idioma e não tenham antecedentes criminais.
Para bisnetos, o processo é mais complexo: é necessário que um dos pais (neto do português) obtenha a cidadania primeiro. Assim, a busca pelo passaporte europeu exige planejamento e documentação adequada, mas pode ser uma oportunidade valiosa para quem deseja acesso à União Europeia.