Dono da SpaceX e CEO da Tesla defende colonização marciana como “seguro de vida” para a humanidade
Elon Musk, fundador da SpaceX e CEO da Tesla, afirmou que a humanidade precisa se tornar uma “civilização multiplanetária” para evitar a extinção quando o Sol se expandir e “incinerar” a Terra.
O bilionário explicou em entrevista recente à Fox News, que embora o processo seja lento, os efeitos do aumento da temperatura solar tornarão o planeta inabitável em cerca de 450 milhões de anos.
“Esse é um dos benefícios de Marte: é um seguro de vida para a vida coletiva”, disse Musk, reforçando a urgência de colonizar o planeta vermelho.
Musk: And eventually, all life on Earth will be destroyed by the sun. It’s gradually expanding, we do at some point have to be multi-planetary civilization because Earth will be incinerated… pic.twitter.com/gMrW39tiBf
— Acyn (@Acyn) May 6, 2025
Segundo Musk, o Sol seguirá seu ciclo natural de evolução estelar, transformando-se em uma gigante vermelha.
Esse fenômeno, comum em estrelas, causará a destruição da atmosfera terrestre e a evaporação dos oceanos. “Eventualmente, toda a vida na Terra será destruída pelo Sol”, declarou.
O empresário destacou que, embora o prazo seja longo, é necessário iniciar a ocupação de Marte agora para garantir a sobrevivência da espécie humana no longo prazo.
Starship: ferramenta para a colonização
A SpaceX já está trabalhando no projeto de colonização com a nave Starship, que possui foguetes reutilizáveis – tecnologia considerada essencial para reduzir custos e viabilizar a exploração de Marte.
Até agora, a Starship realizou oito voos, incluindo dois testes em 2025: um em janeiro e outro em março.
No segundo teste, apesar do bom desempenho do foguete Super Heavy, o módulo superior da nave explodiu menos de 10 minutos após o lançamento.
A empresa prepara o nono voo, com motores já testados, mas sem data oficial definida.
Investimentos em infraestrutura e novos lançamentos
A empresa espacial de Musk está criando uma megaestrutura no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, chamada Gigabay.
O local, será usado para montar e reformar as naves Starship, que têm cerca de 80 metros de altura, estrutura mais alta que um prédio de 25 andares.
A previsão é que essa “fábrica espacial” fique pronta até 2026. Enquanto isso, a empresa também está adaptando a plataforma de lançamento LC-39A, onde a NASA já enviou astronautas à Lua, para começar a lançar as Starship a partir do final de 2025.
Para agilizar as missões, a SpaceX quer usar ainda uma base de lançamento antiga (SLC-37), que já foi usada nos anos 1960 para foguetes do programa Apollo.
Tudo isso faz parte do plano de aumentar o número de voos, transportar cargas pesadas para Marte e, no futuro, abastecer as naves diretamente no espaço.
Antes de qualquer lançamento, porém, a empresa precisa concluir estudos para garantir que os voos não prejudiquem o meio ambiente na região.